Tesouro Direto: taxas interrompem sequência de quedas e avançam com pressão externa

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Os títulos do Tesouro Direto voltaram a subir no fim da sessão da véspera, e operam em nova alta na manhã desta quinta-feira (20), interrompendo uma sequência de quedas de uma semana, acompanhando guinada nas taxas dos papéis dos Estados Unidos, que servem de guia para ativos globalmente.

Os títulos prefixados do Tesouro Direto passam a pagar mais de 14,50% em todos os vencimentos, ante cerca de 14,30% que chegaram a atingir na semana. Já os juros reais dos papéis de inflação voltam a superar com folga o patamar de 7% ao ano, com destaque para o mais curto, para 2028: hoje paga 7,44%, contra 7,34% na mínima semanal. Por outro lado, há certo alívio nos títulos de longo prazo atrelados ao IPCA.

A curva de juros reage principalmente às expectativas de juros mais altos nos EUA após o Federal Reserve (Fed, banco central americano) expressar preocupação com o possível impacto inflacionário das propostas iniciais de política do presidente Donald Trump, com empresas no geral dizendo que esperavam aumentar os preços para repassar o custo das tarifas de importação.

Em ata divulgada na quarta-feira (19), os integrantes da autoridade monetária afirmaram que agentes de mercado “citaram os possíveis efeitos de potenciais mudanças na política de comércio e imigração, o potencial de desenvolvimentos geopolíticos para interromper as cadeias de suprimentos ou gastos domésticos mais fortes do que o esperado.”

De ontem para hoje, os títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) de 10 anos tiveram aumento na remuneração, que subiu de 4,47% para 4,51% ao ano.

A alta nos papéis brasileiros vem após dias de queda nas taxas, alimentada também pelos EUA, após decretos de Trump serem considerados menos agressivos do que o esperado, sensação que se inverteu agora.

Como os EUA ainda são considerados a economia mais segura do mundo, qualquer mudança na política de juros e tarifas afeta os fluxos globais de capital. A percepção de maior ou menor atratividade dos títulos americanos afeta, portanto, os rendimentos dos papéis brasileiros.

Confira as taxas dos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto na atualização de 9h22 desta quinta-feira (20):

(Fonte: Tesouro Direto)

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