VÍDEO: Cid se lamenta por ganho de peso enquanto Bolsonaro fica milionário

Um vídeo da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), traz à tona um momento delicado em que Cid expressa suas frustrações durante uma audiência conduzida pelo juiz Airton Vieira em março de 2024.

No depoimento, ele lamenta ter engordado 10 quilos desde que se tornou delator e critica a situação precária em que se encontra, enquanto aponta que o ex-presidente teria acumulado uma fortuna. Durante a oitiva, Mauro Cid desabafou sobre a vida difícil que leva após sua delação.

“Estava falando do presidente Bolsonaro que ganhou pix, aos generais que estão envolvidos na investigação e estão na reserva. A minha carreira está desabando. Os amigos me tratam como um leproso, com medo de se prejudicar”, revelou Cid, conforme registrado nos autos.

Segundo ele, a pressão da mídia e o afastamento dos amigos têm contribuído para seu estado emocional. “Não sou político, não sou militar, quero ter a vida de volta. Estou enclausurado. A imprensa sempre fica indo atrás. Estou agoniado”, acrescentou.

Enquanto Bolsonaro engordou a conta bancária, Mauro Cid só fez engordar a própria pança. Olha esse desabafo dele. E pensar que Cid era nome projetado para no futuro, quem sabe, virar comandante do Exército, mas só virou mesmo bucha de canhão do Bolsonaro. Que final melancólico. pic.twitter.com/W10RpJf6Ft

— GugaNoblat (@GugaNoblat) February 20, 2025

A citação a Bolsonaro se deu em meio a discussões sobre os R$ 17 milhões arrecadados pelo ex-presidente por meio de uma campanha de arrecadação via Pix. Esse montante foi divulgado em julho de 2023, após um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelar transações significativas na conta de Bolsonaro nos seis primeiros meses do ano.

Ele não hesitou em comparar sua situação ao sucesso financeiro do ex-presidente, evidenciando uma disparidade entre ambos. O papel da imprensa foi um tema central na oitiva de Cid, especialmente após a revista Veja divulgar áudios em que ele reclamava da colaboração premiada.

Cid alegou que a Polícia Federal já possuía uma versão própria dos fatos, insinuando que Alexandre de Moraes teria uma “sentença pronta”. Essa situação exacerbava sua angústia, levando-o a um estado de vulnerabilidade, tanto emocional quanto social.

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