Madrasta é presa suspeita de vender virgindade de enteada e obrigar irmãs a fazer programas por R$ 30

Na última quinta-feira (20), uma mulher de 40 anos foi presa, em Manaus, suspeita de prostituir suas duas enteadas, de 14 e 16 anos. A prisão ocorreu no bairro Educandos, Zona Sul da cidade, por meio de um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. As investigações apontam que a madrasta chegou a leiloar a virgindade de uma das adolescentes.

Segundo divulgado pelo G1, a delegada Juliana Tuma, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), revelou que os abusos começaram há pelo menos cinco anos, quando as jovens ainda residiam com a madrasta e o pai no município de Borba, interior do Amazonas. O pai nega qualquer envolvimento no crime.

As investigações tiveram início após a adolescente de 14 anos denunciar que era obrigada pela madrasta a se encontrar com diferentes homens e a manter relações sexuais em troca de dinheiro.

No curso das apurações, a polícia constatou que a irmã mais velha, de 16 anos, também era forçada a se prostituir. Atualmente grávida, a jovem aguarda o parto em uma maternidade da capital.

Ainda de acordo com o G1, as adolescentes relataram que os encontros ocorriam na área portuária da Panair, no Centro da cidade. Em um dos depoimentos colhidos, a mais nova detalhou que, quando se recusava a participar dos programas, era violentamente agredida pela madrasta. A investigação também revelou que, no início, a suspeita cobrava R$ 50 pelos programas, mas o valor caiu para R$ 30 com o tempo.

Um dos pontos mais impactantes do caso foi a confirmação de que a virgindade da adolescente de 14 anos foi vendida para um conhecido da madrasta, que depois ainda manteve encontros remunerados com a vítima. A polícia segue apurando se outros indivíduos estão envolvidos na exploração.

O pai das jovens afirmou que não sabia dos abusos, pois trabalhava durante a noite em uma região de balsas. Apesar dessa declaração, a polícia investiga se houve omissão por parte dele.

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As adolescentes estão sob acompanhamento médico e psicológico e foram afastadas do convívio com o pai. Familiares que ofereceram apoio também relataram ter recebido ameaças, o que reforçou a necessidade de uma ação rápida das autoridades para garantir a segurança de todos os envolvidos.

Durante a prisão, o celular da suspeita foi apreendido e perícias identificaram materiais que comprovam os crimes. A mulher vai responder por favorecimento à prostituição e ameaça, devendo passar por audiência de custódia antes de permanecer à disposição da Justiça. O caso segue em investigação para identificar outros possíveis envolvidos.

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