YouTube investigado por recomendar vídeos para crianças aprenderem a criar armas

Alvin Bragg, um promotor do distrito de Manhattan, Nova Iorque, solicitou uma reunião com o diretor executivo do YouTube, Neal Mohan, para discutir por que o portal permite a publicação de vídeos que ensinam como fabricar as chamadas ‘armas fantasmas’.

É importante destacar que o site americano está perto de atingir um bilhão de usuários ativos, o que corresponde a aproximadamente 12% da população mundial.

A informação do portal Engadget explica que as armas fantasmas são modelos funcionais fabricados com peças criadas em impressoras 3D e componentes vendidos em kits. São chamadas assim porque não possuem um número de série, tornando-as quase impossíveis de rastrear, e a preocupação com o problema é grande porque não é necessário ter permissão para possuí-las.

Foto AP /John Minchillo

Pedido do promotor

Bragg, assegura numa carta enviada às autoridades do YouTube que muitos jovens investigados por posse de armas em Nova Iorque reconheceram que aprenderam a fabricar essas armas através de tutoriais postados na plataforma de vídeos, por isso, o Google (dono do portal) teria que ser mais cuidadoso e rápido ao eliminar conteúdos desse tipo.

Na carta, o promotor afirma que “acreditamos que essas medidas são imperativas para a segurança pública, para proteger os residentes da cidade de Nova Iorque, e especialmente as nossas crianças”.

A base da reclamação foi gerada graças a uma investigação realizada pelo grupo Tech Transparency Project, em 2023, que concluiu que o Google recomenda esse tipo de vídeos para menores de idade. Especificamente, foram criadas contas de crianças entre 9 e 14 anos e, quando os perfis buscaram conteúdos relacionados a videogames, o algoritmo do site recomendou tutoriais para criar armas e apareceram clipes com cenas violentas como tiroteios em escolas e assassinatos.

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