A substância mais cara do planeta: custa 62 bilhões de dólares por grama e não pode ser usada como joia

Imaginar uma substância cujo valor por grama excede 62 mil milhões de dólares parece algo saído da ficção científica. No entanto, é uma realidade cujo funcionamento está intimamente ligado à comunidade científica e não a pedras preciosas como o ouro ou os diamantes.

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A antimatéria detém o título de substância mais cara da Terra. Seu preço não se deve à sua raridade na natureza, mas sim à enorme dificuldade de produção e armazenamento.

O que realmente é a antimatéria e por que ela fascina tanto os cientistas?

A antimatéria é o reflexo oposto da matéria comum. Cada partícula de matéria tem seu equivalente na antimatéria: o elétron tem seu oposto no pósitron, o próton no antipróton e assim por diante.

Quando uma partícula de matéria e sua antipartícula correspondente se encontram, elas se aniquilam num lampejo de pura energia.

Este princípio despertou o interesse dos cientistas, pois uma pequena quantidade de antimatéria poderia gerar quantidades colossais de energia, teoricamente suficiente para alimentar naves espaciais no futuro.

No entanto, a produção de antimatéria é extraordinariamente complexa. É obtido em aceleradores de partículas como o Large Hadron Collider (LHC) do CERN, onde antipartículas são geradas em pequenas quantidades após colisões de alta energia.

Estas partículas devem então ficar presas em campos magnéticos para evitar o seu contacto com a matéria comum, o que as faria desaparecer instantaneamente.

Entre as curiosidades mais marcantes da antimatéria está sua possível relação com o mistério do universo. Os cientistas acreditam que, após o Big Bang, deveria ter sido criada a mesma quantidade de matéria e antimatéria, mas por razões ainda desconhecidas, a matéria predominou. Resolver este enigma poderia mudar completamente a nossa compreensão do cosmos.

Essas afirmações não fazem parte de uma teoria baseada em suposições. Um estudo com base científica, publicado na revista Arvix, traz resultados de pesquisadores que realizaram simulações computacionais que sugerem que a matéria escura poderia ser composta por partículas de antimatéria.

Especificamente e sem muitos desvios, a teoria diz que existe um universo paralelo ao nosso. Nesta região, obviamente inexplorada pelo homem, as leis da física são as mesmas, mas com algumas simetrias invertidas.

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É por isso que o chamam de espelho e o que é escuro é porque faltaria a matéria escura, o que é uma das maiores questões da ciência. Neste universo, a matéria normal seria composta de antimatéria, que é a antipartícula de cada partícula de matéria. Quando matéria e antimatéria se encontram, elas se aniquilam, liberando uma grande quantidade de energia.

“A ausência de prótons escuros não é suficiente para impedir a formação de matéria escura atômica. Se dois (nêutrons escuros) podem formar um estado ligado (dineutron escuro), núcleos maiores de puros (nêutrons escuros) podem se formar durante a nucleossíntese escura do Big Bang e podem crescer muito grandes devido à falta de repulsão eletromagnética. Tais núcleos puros (nêutrons escuros) são candidatos perfeitamente válidos para matéria escura”, diz o artigo.

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