Cid confessa em ÁUDIO que “não tem prova nenhuma” contra urnas

O tenente-coronel Mauro Cid enviando áudio. Foto: reprodução

Os áudios obtidos pela Polícia Federal durante a investigação sobre a tentativa de golpe em 2022 mostram que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, admitiu não haver nenhuma prova que sustentasse as alegações de fraude nas urnas eletrônicas usadas na eleição daquele ano.

Divulgados nesta segunda-feira (24) pelo Metrópoles, os diálogos revelam que, mesmo com a falta de evidências, o grupo seguiu com planos para deslegitimar o processo eleitoral e questionar a vitória do então candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em um áudio enviado ao militar Hélio Ferreira Lima em novembro de 2022, Cid reconhece a dificuldade de encontrar evidências que corroborassem as acusações de irregularidades no sistema eleitoral. “Tá difícil tirar alguma coisa. Tá difícil ter alguma prova. Porque, assim, na verdade tudo tem uma justificativa”, afirma o ex-ajudante de ordens.

Ele ainda relata que analisou “tudo” e conversou com especialistas, mas não encontrou qualquer indício de fraude. “Para esse segundo turno fez muito mais que isso e… não teve nada, não teve nada!”, disse Cid.

O relatório da PF destaca que o diálogo “ratifica o procedimento adotado pela organização criminosa”. Segundo a corporação, o grupo primeiro tentou, sem sucesso, obter dados que comprovassem a narrativa de fraude nas urnas eletrônicas. Em seguida, mesmo cientes da ausência de indícios concretos, continuaram a executar ações para consumar um golpe de Estado.

“Primeiramente, tentaram, sem êxito, obter dados que comprovassem a narrativa de que as urnas eletrônicas foram fraudadas para alterar o resultado das eleições presidenciais. Em seguida, mesmo cientes de que não havia qualquer indício concreto de fraude, continuaram a execução dos atos para consumação do Golpe de Estado”, afirma o documento.

Com base nas investigações, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, na semana passada, Mauro Cid, Jair Bolsonaro e outros 32 aliados por organização criminosa e tentativa de golpe de Estado.

A denúncia reforça a tese de que o grupo agiu de forma coordenada para desestabilizar a democracia e impedir a posse de Lula, eleito presidente no segundo turno das eleições de 2022.

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