Cristian Cravinhos pede à Justiça para cumprir pena em liberdade e alega que recebeu proposta de emprego

Cristian Cravinhos, condenado pela morte do casal Richthofen, fez um pedido à Justiça para cumprir o restante de sua pena em liberdade, assim como já fazem Suzane Ricthofen e seu irmão, Daniel. Na solicitação, os advogados argumentam que o detento já cumpriu o tempo necessário na prisão, apresenta bom comportamento e, além disso, recebeu uma proposta de emprego em uma gráfica, na Zona Sul de São Paulo, em horário comercial.

Os advogados Maieli Luna Rodrigues e Renato Moreira da Silva, que defendem Cristian, destacaram que ele já busca há mais de um ano a progressão de pena, sendo que cumpriu em setembro de 2023 o período necessário para tal mudança de regime de pena.

“A demora na apreciação do pedido acarreta danos irreparáveis à vida do encarcerado. É dever do Estado julgar e processar o processo dentro de um prazo razoável”, dizem os defensores.

O pedido de progressão de pena foi protocolado no último dia 14 de fevereiro. Não há prazo para que a Justiça analise a solicitação.

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Em agosto passado, Cristian obteve um parecer favorável em um exame criminológico, no qual foi avaliado por psicólogo, psiquiatra e assistente social.

O relatório psicológico cita que Cristian “manifestou arrependimento, demostrou empatia com sofrimento familiar provocado por seus atos”. Além disso, o parecer social destacou que, caso obtenha a liberdade, o detento tem planos futuros, como trabalhar como designer e preparador de motos de corrida. Além disso, ele afirma que vai morar com a mãe e que quer cuidar da filha.

Na avaliação geral, os profissionais concluíram que Cristian possui “ótima avaliação laboral e bom comportamento carcerário”, sendo que todos deram aval à progressão de pena. No entanto, a decisão final sobre o regime aberto será tomada por um juiz e não há prazo para que essa análise seja realizada.

O Ministério Público, por sua vez, já se manifestou contrário ao benefício.

Condenação

Cristian Cravinhos, condenado a 38 anos de prisão pelo assassinato do casal Richthofen, é o único que segue preso.

Ele chegou a deixar a prisão em 2017 para cumprir o regime aberto, mas se envolveu em uma briga com a então namorada, que o acusou de agressão. Apesar de ela não ter registrado queixa, quando a polícia chegou ele estava fora de sua cidade domicílio e em um bar, descumprindo as regras.

Assim, foi detido tentou subornar os policiais, oferecendo R$ 1 mil em espécie, o que gerou um flagrante e o retorno ao regime fechado. O detento ainda foi flagrado com dinheiro e munição de 9 mm, que é de uso restrito das forças policiais. Desde então, ele segue em Tremembé.

No Natal de 2024, ele apareceu nas redes sociais comemorando a “saidinha” de fim de ano e disse que espera que essa tenha sido a última, já que ele espera conseguir o regime aberto.

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