Moraes rejeita novo pedido de Bolsonaro em ação sobre golpe

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes. Foto: Divulgação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou mais um recurso da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para suspender o prazo de resposta à denúncia por tentativa de golpe de Estado, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão foi publicada nesta quinta-feira (27).

Moraes já havia rejeitado o pedido de 83 dias para a defesa apresentar a resposta, mantendo o limite de 15 dias. No novo recurso, os advogados alegaram que não tiveram acesso completo aos autos do processo. O ministro, no entanto, reforça que todos os documentos mencionados já estão disponíveis, não havendo justificativa para a solicitação dos advogados.

“Todos os documentos mencionados pela defesa de Jair Messias Bolsonaro estão juntados nos autos da Pet 12.100/DF, assim como nos procedimentos relacionados, no qual foi garantido amplo acesso aos elementos de prova”, diz a decisão, que mantém o prazo vigente para Bolsonaro e os demais denunciados apresentarem sua defesa, sem possibilidade de novos adiamentos.

Jair Bolsonaro e Braga Netto. Foto: Divulgação

Na quarta-feira (26), as defesas de Bolsonaro e de seu candidato a vice em 2022, o general Walter Braga Netto, foram ao STF para reuniões com ministros da Corte. O advogado do militar, José Luís de Oliveira, se encontrou com o ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, que julgará a denúncia contra eles e mais 32 investigados pelo plano golpista.

O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, também esteve no STF e se reuniu com Moraes, relator do caso. Ele optou por não comentar o encontro com a imprensa.

Após a reunião, o advogado de Braga Netto afirmou aos jornalistas que não teve acesso a todas as provas mencionadas pelo Ministério Público na denúncia. “Um julgamento dessa magnitude precisa garantir o amplo acesso à defesa”, enfatizou.

José Luís de Oliveira alegou que um julgamento envolvendo um ex-presidente e um general quatro estrelas exige “respeito absoluto” ao direito de defesa. “Uma mácula neste julgamento, com a violação do direito de defesa, e esse julgamento estará manchado”, afirmou.

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