Terrorista é preso ao tentar invadir STF com bomba; caso é o terceiro em 4 meses

Homem teria pulado cerca e tentado invadir sede do Supremo. Foto: Mateus Coutinho/UOL

Um homem de 52 anos foi detido em Brasília após pular a cerca do Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaçar ministros da Corte na última quarta-feira. Conforme apuração do UOL, ele teria “proferido diversas ameaças, ofensas e hostilizações a ministros do Supremo”, de acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A prisão ocorreu dois dias depois do incidente.

As autoridades localizaram o suspeito em sua casa, em Samambaia, na região metropolitana de Brasília. Segundo a PCDF, o homem “planejava ações extremistas” e, ao resistir à abordagem, tentou agredir os policiais, o que levou à detenção por resistência e desacato.

Durante as buscas na residência, a polícia encontrou indícios que corroboram o plano de atentado. Entre os materiais apreendidos estavam “bilhetes confirmando as suas intenções violentas, bem como um artefato para a construção de bomba caseira”.

O homem também possuía um casaco de uso exclusivo da Polícia Militar do DF.

A PCDF investiga as possíveis motivações para o ataque, incluindo a hipótese de o suspeito ter vínculos partidários. Além disso, as autoridades apuram se houve prática de apologia ao crime e se o homem de fato fez ameaças aos ministros do STF. As investigações devem prosseguir, segundo revelou a corporação.

Esse é o terceiro episódio de invasão ou tentativa de ataque ao STF em menos de quatro meses. Em 13 de novembro, um homem morreu após detonar explosivos na Praça dos Três Poderes. Pouco antes do fim de 2024, outro indivíduo foi capturado na Bahia por supostamente planejar atentados em Brasília.

O corpo de Tiü França, bolsonarista que morreu durante um atentado em Brasília. Foto: reprodução

A prisão acontece 10 dias após o Ministério Público Federal (MPF) denunciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas pela suposta orquestração dos atos golpistas de 8 de janeiro. Na denúncia, a Procuradoria-Geral da República afirma que os atos extremistas foram “fomentados e facilitados” pela organização criminosa que teria Bolsonaro como líder.

O ministro Jorge Messias, chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), repudiou o atentado e defendeu a responsabilização de todos os criminosos envolvidos nas manifestações antidemocráticas. Enquanto isso, aliados de Bolsonaro tentam emplacar no Congresso uma proposta de anistia aos participantes dos ataques de 8 de janeiro, em meio ao debate sobre a necessidade de punição exemplar para esse tipo de crime.

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