Itaú na liderança: as 6 ações mais recomendadas para março

Os investidores voltaram a se animar com as ações brasileiras em fevereiro, mas levaram um balde de água fria na reta final do mês. O Ibovespa acumulou perda de 3,41% na semana passada, fechando o mês com queda de 2,6%. Mas ainda há motivos para otimismo, segundo as corretoras que acompanham o mercado acionário.

A Empiricus diz que a percepção sobre os mercados emergentes vem melhorando gradualmente e, nesse contexto, o preço das empresas brasileiras pode atrair mais investidores. Além disso, “os fundamentos macroeconômicos estão se desenvolvendo de uma forma menos catastrófica que o temido”, diz a casa. 

Para apoiar os investidores nas decisões em março, o InfoMoney compilou as carteiras recomendadas das principais corretoras brasileiras para o mês. O Itaú (ITUB4) segue como ação mais indicada na lista que teve as saídas de Weg (WEGE3) e Sabesp (SBSP3). Confira o ranking das ações mais indicadas para março: 

Empresa Nº de recomendações Retorno em fevereiro
Itaú (ITUB4) 7 -5,53%
JBS (JBSS3) 6 -12,55%
Petrobras (PETR4) 5 -4,66%
Vale (VALE3) 4 1,80%
Suzano (SUZB3) 4 -9,71%
Eletrobras (ELET6) 4 5,71%
Fontes: Ágora, BB Investimentos, Empiricus, Genial, Santander, Terra Investimentos e XP Investimentos

Itaú (ITUB4)

Ao recomendar a ação do banco, a Ágora destaca melhora nos empréstimos individuais e queda da inadimplência de pequenas e médias empresas que tomam crédito com o Itaú. Se a orientação da companhia se concretizar, a corretora estima lucro líquido ao redor dos R$ 45 bilhões em 2025, “o que está amplamente em linha com nossa estimativa, conferindo elevada previsibilidade e potenciais dividendos extraordinários”. 

JBS (JBSS3

Os custos reduzidos de commodities, maior equilíbrio de oferta de proteína suína e de aves, forte demanda mundial por carne bovina e manutenção do real desvalorizado ante o dólar são fatores citados pelo BB Investimentos como favoráveis à operação do frigorífico atualmente. “Todos esses fatores combinados, cujos benefícios são passíveis de captura pela companhia graças à sua diversificação geográfica e de proteína, têm permitido o incremento da rentabilidade das operações e redução da alavancagem financeira, o que é positivo em um cenário de ciclo de juros contracionista”, destaca o BB”. 

Petrobras (PETR4)

A companhia tem custos de extração baixos, alta capacidade de produção e margens brutas de 52%, o que confere rentabilidade à operação e possibilita o pagamento de dividendos atrativos, segundo a Terra Investimentos, que estima retorno de 15% com os proventos nos próximos 12 meses. “Com esses fundamentos sólidos e perspectivas favoráveis, a Petrobras continua sendo uma excelente oportunidade de investimento, mantendo sua posição como destaque no setor energético”. 

Vale (VALE3)

A visão “cautelosamente otimista” do Santander para o preço do minério de ferro dá suporte à tese de investimento na mineradora. O banco também vê a ação da gigante negociando a um valuation “atraente”, com o EV/Ebitda 19% abaixo da média dos últimos 10 anos e 28% abaixo da média dos concorrentes australianos. 

Suzano (SUZB3)

A Ágora escreve, em relatório, que “embora os resultados recentes tenham vindo  razoavelmente em linha com as expectativas do mercado, acreditamos que todos os olhos  estão voltados para o ciclo da celulose, que vem sendo muito positivo – e tende a continuar, em função de aumentos anunciados –, as perspectivas para os ativos de embalagem nos Estados Unidos e mais detalhes sobre a estratégia de alocação de capital da empresa”. 

Eletrobras (ELET6)

A tese de investimento na ação da companhia é “sólida” e se destaca pela distribuição de R$ 2,2 bilhões em dividendos e sinalização de uma política de proventos trimestrais, segundo a Terra Investimentos. A corretora diz que a redução da dívida líquida e aceleração do pagamento de dividendos “indicam uma gestão financeira eficiente”, mas alerta que o impasse com a União sobre a Eletronuclear pode criar incertezas no curto prazo. 

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