Nº de mulheres investindo na B3 cresce; investidoras em Tesouro Direto passam de 1 mi

As mulheres estão ganhando cada vez mais espaço na bolsa de valores brasileira. A quantidade de investidoras em renda variável cresceu 85,6% entre dezembro de 2020 e o mesmo mês de 2024, enquanto o número das que aportaram recursos no Tesouro Direto no mesmo período de cinco anos avançou 82,2%.

Os dados fazem parte de um levantamento exclusivo da B3, que pesquisou outras características, como faixas etárias, ranking por estado e diversificação por produtos.

Segundo o estudo, o crescimento do número de investidoras em ações foi de 7% quando observado apenas o período de 12 meses encerrado em dezembro: esse universo avançou de 1,292 milhão para 1,381 milhão.

Em relação ao Tesouro Direto, o total de investidoras superou a marca de 1 milhão ao atingir 1.049.097, saltando 15,04% entre dezembro de 2024 e o mesmo período de 2023.

O produto, desenvolvido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), em parceria com a B3, foi lançado em 2002 com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos federais e à jornada de investimentos. Não há valor mínimo de aporte, e o limite máximo é de R$ 2 milhões por pessoa.

Veja outros dados da pesquisa:

Renda variável

Faixas etárias

As mulheres com idade entre 25 e 39 anos lideram o ranking de investidoras em renda variável na B3. O grupo é formado por 605.932 integrantes. Confira a divisão por idades:

  • Mulheres com idades entre 0 e 17 anos: 19.476
  • Mulheres com idades entre 18 e 24 anos: 84.094
  • Mulheres com idades entre 25 e 39 anos: 605.932
  • Mulheres com idades entre 40 e 59 anos: 493.386
  • Mulheres com a partir dos 60 anos: 178.538

Na evolução dos últimos cinco anos, o número total de mulheres investidoras em renda variável subiu de 744.364 para 1,381 milhão.

Divisão por regiões

Sudeste e Sul lideram o ranking de mulheres que investem em renda variável. São Paulo (522.124), Rio de Janeiro (149.206), Minas Gerais (136.132), Paraná (84.407) e Rio Grande do Sul (71.593) estão nas cinco primeiras posições.

 O aumento entre as investidoras registradas no estado paulista foi de 493.056 para 522.124, o que representa 6% a mais entre dezembro de 2024 e o mesmo mês de 2023.

 No Rio de Janeiro, a quantidade de mulheres que investem saltou de 138.144 para 149.206, o que representa um crescimento de 8%. Minas Gerais obteve o mesmo aumento percentual ao ir de 126.255 para 136.132.

A alta foi de 7% no Paraná, onde havia 79.002 investidoras em dezembro de 2023 e chegou a 84.407 no mesmo período do ano seguinte. No Rio Grande do Sul, o crescimento também foi de 7% ao sair de 67.023 e atingir 71.593.

No Nordeste, a Bahia concentra a maioria das mulheres investidoras em renda variável. São 48.742, uma evolução de 8,5% na comparação entre dezembro de 2024 e o mesmo período do ano anterior. Pernambuco aparece na sequência, com 32.459 e alta de 8,75%. O Ceará completa o pódio, com 28.916 investidoras após um crescimento de 10%.

A região Centro-Oeste do país tem o Distrito Federal com mais mulheres investidoras: 43.118 – aumento de 5,5% na comparação entre dezembro de 2024 e o mesmo mês do ano anterior. Goiás ocupa a segunda posição, com total de 35.341 mulheres com investimentos em renda variável. A alta no período foi de 6,5%.

O Mato Grosso encerrou o ano de 2024 com 16.988 investidoras e alta de 8%, e o Mato Grosso do Sul chegou a 13.842, com alta de 7%.

O estado do Amazonas obteve o maior crescimento proporcional na quantidade de mulheres que investem, com 10,13% entre dezembro de 2024 e o mesmo período de 2023, e alcançou a marca de 11.736. O Pará teve crescimento semelhante, de 10,05%, e segue como o primeiro na região Norte em número de investidoras, com 19.210 mulheres.

Em números totais, a renda variável fechou o mês de dezembro de 2024 com 5.259.178 milhões de investidores. Destes, 3.877.9095 são homens (73,74%) e 1.381.269 mulheres (26,26%).

Segundo Christianne Bariquelli, superintendente de Educação da B3, o aumento significativo de mulheres investindo na B3 reflete a evolução da educação financeira da população como um todo. Ela diz que, em se tratando das mulheres, pesquisas mostram que, no geral, elas se preparam e juntam mais dinheiro antes de começar a investir.

“Essa preparação cuidadosa é evidenciada pela busca por diversificação. A B3 sempre se dedicou em disponibilizar conteúdos gratuitos nos canais B3 Educação, Bora Investir e no aplicativo HUB3. Portanto, registrar o recorde de investidoras e o marco de mais de milhão de mulheres com Tesouro Direto na carteira é, sem dúvida, motivo de celebração”, afirma.

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