Vaticano divulga primeiro ÁUDIO do Papa desde sua internação: “Eu os acompanho”

O Papa Francisco. Foto: Filippo Monteforte/AFP

Pela primeira vez desde que foi hospitalizado no mês passado, o Papa Francisco enviou uma mensagem de áudio aos fiéis, agradecendo as orações por sua saúde. O áudio foi divulgado nesta quinta-feira (6) durante o início da oração do Rosário na Praça de São Pedro, no Vaticano.

“Agradeço de todo coração as orações que fazem por minha saúde desde a Praça. Eu os acompanho daqui. Que Deus os abençoe e que a Virgem os proteja. Obrigado”, disse o pontífice de 88 anos, em uma gravação feita no Hospital Gemelli, em Roma, onde está internado desde 14 de fevereiro para tratar uma bronquite que evoluiu para pneumonia dupla. Ouça: 

Esta é a primeira vez que a voz do Papa é ouvida desde sua internação. Até então, ele havia enviado apenas mensagens escritas por meio do Vaticano. A gravação foi recebida com emoção pelos fiéis presentes na Praça de São Pedro, que têm se reunido todas as noites para rezar pelo líder da Igreja Católica.

De acordo com o boletim médico divulgado pelo Vaticano, o estado de saúde do Papa Francisco permanece “estável” e sem novas crises respiratórias. “As condições clínicas do Santo Padre se mantiveram estáveis em relação aos dias anteriores”, informou o comunicado.

Os médicos do pontífice destacaram que ele não apresentou episódios de insuficiência respiratória nem febre, mas mantiveram o “prognóstico reservado”. O Papa tem alternado períodos de repouso, oração e trabalho leve, além de realizar fisioterapia respiratória e motora.

Na segunda-feira (3), Francisco precisou usar ventilação mecânica não invasiva, que envolve o uso de uma máscara para auxiliar a respiração. No entanto, o Vaticano informou que o Papa agora só recebe ventilação durante a noite. Durante o dia, ele recebe oxigênio por meio de uma pequena mangueira colocada sob o nariz.

A internação atual, que já dura 21 dias, é a quarta e mais longa desde 2021. A pneumonia dupla, uma infecção grave que afeta ambos os pulmões, tem gerado preocupação devido aos problemas de saúde prévios do Papa, incluindo cirurgias no cólon e no abdômen, além de dificuldades para caminhar.

Francisco também tem histórico de infecções pulmonares. Quando jovem, ele teve pleurisia e parte de um de seus pulmões foi removida. Esses fatores aumentam os riscos associados à pneumonia, que pode causar inflamação e cicatrizes nos pulmões, dificultando a respiração.

A saúde debilitada do pontífice relançou questionamentos sobre sua capacidade de continuar exercendo as funções de líder da Igreja Católica, que tem 1,4 bilhão de fiéis em todo o mundo. Nos últimos anos, Francisco descartou a possibilidade de renunciar ao cargo, como fez seu predecessor, Bento XVI, em 2013.

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