Plágio? Vencedor do Oscar 2025 tem nome idêntico e sinopse semelhante a curta brasileiro; assista

Cenas dos filmes “Eu não sou um robô” (esquerda) e “I’m Not a Robot” (direita). Foto: reprodução

A diretora brasileira Gabriela Lamas chamou atenção nas redes sociais ao apontar semelhanças entre seu curta-metragem “Eu Não Sou um Robô”, gravado em 2020, e o filme homônimo vencedor do Oscar 2025, dirigido pela holandesa Victoria Warmerdam. Ambos os filmes compartilham além do título, premissas e elementos estéticos semelhantes, levantando questionamentos sobre coincidências ou possíveis inspirações.

O curta holandês, lançado em 2024, tem a seguinte sinopse no IMDB: “Após várias tentativas frustradas de completar um Captcha, Lara se propõe a responder à inquietante pergunta sobre se ela é um robô”. Já o filme brasileiro, lançado em 2021, descreve: “Após falhar em um teste para diferenciar humanos de robôs, Tania questiona o real”.

Ambos exploram a relação entre humanos e máquinas, com protagonistas que se veem confrontadas por testes de Captcha, usados para distinguir humanos de robôs na internet.

Lamas, que dirigiu, roteirizou e protagonizou o curta brasileiro, destacou as semelhanças em um vídeo nas redes sociais. Ela afirmou que entrou em contato com a equipe do filme holandês, que respondeu dizendo que a ideia foi concebida em 2019, mas as gravações foram adiadas devido à pandemia.

“Tirando a ironia disso tudo, acho que é super possível que duas pessoas tenham tido duas ideias iguais ao mesmo tempo em dois lugares do mundo”, disse Lamas, ponderando sobre a possibilidade de coincidência.

No entanto, a diretora também apontou afinidades estéticas e de roteiro entre as duas produções. O filme holandês acompanha uma mulher que, enquanto trabalha, tenta resolver um Captcha e liga para o namorado para questionar se é um robô. Já o curta brasileiro segue uma mulher em home office que, ao falhar no teste, começa a conversar com uma mosca sobre sua humanidade.

Gabriela, que assinou o roteiro ao lado de Maurilio Almeida e Felipe Yurgel, prefere não afirmar que houve plágio. “Fica muito subjetivo, no cinema, (determinar) o que é cópia ou referência”, disse ela em entrevista ao Globo. “Acredito que as ideias estão pulsando quando é uma coisa que todo mundo está falando. Essa era uma ideia possível de ter tido em mais de um lugar ao mesmo tempo. Claro que causam surpresa as semelhanças entre os dois”, completou.

O curta brasileiro foi gravado durante a pandemia, em 2020, com uma equipe mínima e no apartamento da diretora, devido às restrições sanitárias. A ideia surgiu a partir das reflexões de Maurilio Almeida, então companheiro de Gabriela, sobre a mecanicidade de suas tarefas como bancário e a relação entre humanos e máquinas.

O filme foi premiado na 49ª edição do Festival de Gramado, em 2021, nas categorias de melhor roteiro e melhor fotografia, e exibido em festivais internacionais, incluindo o Feminist Cult Film Night, em Roterdã, na Holanda, em 2022.

Assista ao curta brasileiro “Eu não sou um robô”: 

Assista ao curta holandês “I’m Not a Robot”: 

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