Após conversa vazar, favorito para presidir PT diz que Lula foi usado: “É revoltante”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT) (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O ex-prefeito de Araraquara (SP) e pré-candidato à Presidência do PT, Edinho Silva, afirmou que a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi usada como arma na disputa interna pelo controle do partido. 

O pré-candidato se referiu ao vazamento de uma reunião na qual Lula teria sido alertado sobre a resistência ao nome de Edinho dentro da sigla. O encontro ocorreu na quinta-feira (6), na casa da ex-presidente do PT e atual ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, com representantes da corrente CNB (Construindo um Novo Brasil). Segundo o relato, os participantes sugeriram que Lula e Gleisi apoiassem outro nome para a liderança do partido.

“É revoltante que uma reunião para construir unidade tenha sido vazada para a imprensa como instrumento de luta interna. Eu estou muito indignado com o que aconteceu”, declarou Edinho. Para ele, a reunião deveria ter sido um esforço para unificar o partido, mas foi distorcida por quem utilizou a imagem de Lula para projetos pessoais, em detrimento dos interesses coletivos da sigla.

“Vimos na última 5ª feira, certamente, um dos maiores gestos que o presidente Lula fez para manter a unidade do nosso partido. Ele foi numa reunião de uma parte, de um grupo, de uma das nossas correntes. Nós não podemos aceitar, 1º, que o presidente Lula seja usado de outra forma como ele foi usado em decorrência dessa reunião”, declarou.

Edinho também afirmou que sempre esteve ao lado de Gleisi Hoffmann, apoiando-a em suas campanhas para a presidência do PT, mas disse que respeitará caso ela escolha outro nome para sua sucessão.

“Para mim, a Gleisi é a maior presidente da história do PT. E eu estive com a Gleisi nas duas vezes que ela foi candidata a presidente, mas vou respeitar, se não for o candidato dela, porque acredito que é assim que deve ser um partido. Temos que respeitar as posições divergentes”, afirmou.

Com as polêmicas internas, a expectativa é que Edinho antecipe sua candidatura à presidência do PT. O nome preferido de Lula para o cargo, Edinho chegou a Brasília nesta segunda-feira (10) para participar das posses de Gleisi na pasta de articulação política e de Alexandre Padilha, que assumiu o Ministério da Saúde.

Durante sua passagem pela capital, Edinho buscará reunir mais apoio, já contando com o apoio do ex-ministro José Dirceu, do deputado Reginaldo Lopes (MG) e de Padilha.

O ex-prefeito também trabalha para consolidar o apoio de ministros importantes, como Fernando Haddad (Fazenda), Camilo Santana (Educação) e Jaques Wagner (BA), líder do governo no Senado.

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