Elias Jabbour: Silvio Almeida pagou com sua reputação ao mexer com os interesses do Me Too

O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Foto: Sérgio Lima/Poder360

O geógrafo e professor de Economia da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Elias Jabbour, afirmou nesta segunda-feira (10) que as acusações contra Silvio Almeida podem estar relacionadas a interesses externos.

Em uma publicação no X (antigo Twitter), Jabbour citou a reportagem do UOL que revelou que a ONG Me Too Brasil não forneceu à Polícia Federal (PF) datas, detalhes ou informações sobre o canal utilizado pelas supostas vítimas de assédio sexual do ex-ministro dos Direitos Humanos. O geógrafo ainda questionou a falta de informações. Confira:

Não fiquei surpreendido ao saber que as denúncias que levaram à queda do professor Silvio Almeida não tem datas, nem detalhes dos possíveis assédios cometidos por Silvio. Não estou aqui inocentando ninguém, mas muito menos condenando. Na verdade, desde o início deste processo fiquei com a pulga atrás da orelha por alguns detalhes, porém um particular: quem está por detrás é uma ONG estrangeira reconhecida por ser proxy para difusão de guerra híbrida em alguns lugares do mundo e em Hong Kong em particular.

Na China esta ONG é muito conhecida pela forma como ela opera no país. Está ficando muito claro que Silvio Almeida mexeu com interesses desta ONG e o preço pago foi a destruição de sua reputação. O problema é que não se destrói uma vida profícua como a de Silvio Almeida. Um dos maiores intelectuais brasileiros e latino-americanos, uma figura com intervenção política consequente, não um paraquedas no debate sobre a questão racial. Seria um defunto muito pesado e, como ele mesmo coloca, se não existe defunto, não existe velório.

Não vou entrar no mérito das acusações da ministra Aniele. Parece que a revista Piauí entrou com força nisso, mas – como de praxe – sem apresentar uma única prova contra Silvio e muito menos colocando em questão as acusações da ministra. Isso é simplesmente incrível: não somente tentaram destruir a vida de uma pessoa, como ninguém até o momento coloca em questão as razões pelas quais demorou-se tanto tempo para se fazer a denúncia. Mais incrível quanto despolitizante é de se colocar em questão como uma ministra de Estado usa uma revista como a Veja para desabafar. No mínimo é chocante que numa quadra histórica de radicalização alguém use de um veículo como a Veja para um desabafo.

Não estou aqui desqualificando nada, nem ninguém. Só quero materialidade e não o que a UOL nos revela hoje. Como todo e qualquer brasileiro ocupado com a verdade e a justiça quero que Silvio Almeida tenha direito à ampla defesa, ao contraditório e que a destruição pessoal a que ele foi submetido seja reparada.

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