Tarifa da China aos EUA ajuda Brasil, mas cenário global gera incerteza, diz analista

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A aversão ao risco dos investidores deve continuar. Segundo Rachel de Sá, estrategista de investimentos da XP, que comandou nesta terça (11) o programa Morning Call da XP, o mercado segue de olho nas sinalizações do presidente americano, Donald Trump, acerca da política de tarifas de importação, que estão sendo ou ainda serão adotadas contra os parceiros comerciais dos EUA.

Retaliação

“Por outro lado, as medidas de retaliação anunciadas pela China entraram em vigor. Uma série de produtos agropecuários americanos importados do país asiático passou a enfrentar maiores tarifas de importação. Essas tarifas variam de 10 a 15%, em produtos como frango, carne bovina e grãos”, relatou.

“Isso pode acabar tendo o que a gente chama na economia de spillover positivo, beneficiando o Brasil, que é exportador de algumas dessas commodities”, ressaltou.

O efeito spillover ou efeito do transbordamento, nesse caso, ocorre quando o comportamento econômico de um país aumenta a probabilidade de engajamento de um outro, indiretamente.

Ela, no entanto, aponta que uma possível recessão da economia global e dos Estados Unidos pode diminuir o efeito spillover para o Brasil.

Impactos

“As incertezas já estão impactando alguns negócios, com empresas adiando investimentos diante da indefinição da cadeia de produção global”, afirmou ela, destacando que as tarifas de importação devem mexer com a rede de insumos e matéria-prima de produtos diversos pelo mundo.

“Tem ainda o receio de que a economia americana entre em um período de menor crescimento econômico”, destacou.  

A analista lembrou que dados recentes têm mostrado certo arrefecimento da economia americana. Rachel de Sá, acrescenta, no entanto, que os números anunciados são ainda bastante iniciais, que podem ter tido impacto sazonal. “Mas já criou bastante receio dos investidores”, disse.

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