Embraer: como programas de defesa dos EUA e Europa podem expandir carteira de pedidos

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Mais notícias indicam um aumento dos pedidos da Embraer (EMBR3).

A União Europeia aprovou o plano “ReArm Europe” (Plano Rearma Europa) com um orçamento de defesa de 800 bilhões de euros, equivalentes a R$ 5,089,6 trilhões.

Na avaliação do Bradesco BBI, o aumento nos gastos militares poderia desbloquear mais de 50 pedidos de C-390 de membros europeus da OTAN para substituir o C-130 e outros modelos de transporte aéreo militar.

Segundo o BBI, esses pedidos poderiam sustentar a entrega de 10 C-390s por ano até 2030, aumentando o preço-alvo da ação da Embraer em R$ 22,00 e o backlog em US$ 11 bilhões (com serviços), ou alta de 43%.

Os analistas esperam que a EVE (subsidiária brasileira da empresa que produz aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical e infraestrutura de mobilidade aérea urbana) avance materialmente no processo de certificação neste ano para entrar em serviço até 2027. Com isso, o BBI manteve recomendação de compra para a ação da Embraer e elevou preço-alvo para 2025 de R$ 66 para R$ 90.

Além disso, em 7 de março, o portal de aviação Flight Global publicou um artigo informando que a Força Aérea dos EUA (USAF) está na fase final de análise para definir os requisitos de sua nova aeronave tanque de próxima geração, dentro do programa Next-Generation Air-Refuelling System (NGAS).

O Santander avalia que uma revisão na proposta do NGAS pode abrir oportunidades para a Embraer garantir um pedido nos EUA. Caso o país abandone a ideia de um tanque furtivo desenvolvido do zero, o Millennium pode se tornar uma alternativa interessante à atual frota de tanques da USAF.

Os analistas estimam que o mercado endereçável (TAM) para a aeronave possa atingir 91 unidades, considerando apenas a demanda da USAF, o que representaria um aumento de aproximadamente 41% na carteira consolidada de pedidos da Embraer no 4T24 ou cerca de 2,4 vezes o backlog da divisão de Defesa & Segurança da empresa.

Vale lembrar que o (K)C-390 é uma aeronave tática de reabastecimento e transporte, o que significa que, embora tenha menor alcance em comparação com tanques estratégicos (como os operados pela USAF), é também mais ágil, versátil, econômico e resistente – características que podem atender às necessidades da Força Aérea dentro do programa NGAS.

Outros concorrentes no processo de seleção incluem grandes empresas de defesa dos EUA e a Boeing, segundo a Flight Global.

O Santander manteve recomendação de compra e preço-alvo de US$ 59 por ADR (recibo de ações negociado nos EUA).

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