Protesto na Argentina contra cortes em pensões termina em confronto com a polícia

BUENOS AIRES (Reuters) – A polícia argentina usou canhões de água e balas de borracha nesta quarta-feira para reprimir milhares de manifestantes que se reuniram em frente ao Congresso, para protestar contra os cortes de pensões no governo do presidente Javier Milei.

De acordo com o Ministério da Segurança, os manifestantes incluíam não apenas aposentados, mas também hooligans — torcedores violentos — do futebol argentino, que apareceram na televisão atirando pedras e objetos contra policiais.

Milei, que assumiu o cargo no final de 2023, implementou cortes significativos nos gastos públicos para restaurar o equilíbrio fiscal, com políticas que, segundo líderes sindicais e de oposição, afetaram os setores mais vulneráveis ​​da sociedade.

“Não é que não haja dinheiro. Há uma decisão política de abandonar nossos idosos”, disse Martín Lousteau, senador da União Cívica Radical, em sua conta no X.

“Somos a favor da limpeza das finanças públicas. Somos a favor de um Estado mais eficiente (…) O que não podemos permitir é que essas correções sejam feitas às custas da angústia, da saúde e do abandono dos nossos aposentados”, acrescentou o líder da oposição.

O governo ainda não divulgou números sobre o total de prisões ou de feridos em função dos incidentes no centro de Buenos Aires.

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