Suspeito de matar mãe de amigo com cordão de medalha foi ao velório da vítima, no interior de SP

A Polícia Civil prendeu um homem de 37 anos suspeito de matar a idosa Ana Flora Murad, de 67 anos, em São Carlos, no interior de São Paulo, usando o cordão de uma medalha. Ele era amigo do filho da vítima e costumava frequentar a casa dela. Após o crime, inclusive, ele compareceu ao velório demonstrando estar comovido.

Ana Flora foi encontrada sem vida dentro de casa, no último dia 7. O Corpo de Bombeiros foi acionado por conta de um princípio de incêndio na residência e, ao chegar ao local, encontrou a vítima. O autor do crime tinha tentado carbonizar o corpo.

O delegado João Fernando Baptista, titular da Delegacia de Informações Gerais (DIG) de São Carlos, disse que no início o caso foi tratado como latrocínio, que é o roubo seguido de morte, já que o carro da vítima tinha sido levado. Porém, foi constatado que outros objetos de valor seguiam na residência.

O investigador ficou intrigado com o fato da vítima não ter gritado e não ter pedido socorro. “A casa não havia sinais de arrombamento ou invasão. A pessoa que a matou se aproximou e provavelmente a conhecia”, disse ele.

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Uma análise feita no corpo apontou que Ana Flora foi asfixiada com o cordão de uma medalha. Ela era apaixonada por corridas e, recentemente, tinha participado de uma competição. “Após esganar a vítima com a fita da medalha ele utilizou um pano também. Depois, tentou queimar o corpo”, disse Baptista.

O caso era investigado e, no dia do velório da vítima, o suspeito, que não teve o nome revelado, compareceu, chorou e se demonstrou solidário a dor do filho da vítima. Eles já eram amigos há pelo menos 19 anos.

Prisão do suspeito

O carro da idosa foi localizado abandonado em uma rua, no bairro Jockey Club, próximo à residência do suspeito.

Assim, as investigações avançaram e o suspeito foi ouvido, quando a polícia identificou marcas de arranhões nos braços dele.

O homem, que é usuário de drogas, acabou detido e teve a prisão temporária decretada pela Justiça. Roupas que ele usava na data do crime foram apreendidas e passam por perícia.

O caso segue em investigação na DIG de São Carlos.

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