CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) superam expectativas e ações disparam após 4T

A CSN (CSNA3) e seu braço de mineração, CSN Mineração (CMIN3), divulgaram na última quarta-feira (12) seus respectivos resultados do quarto trimestre de 2024. Às 10h21 (horário de Brasília), os papéis CSNA3 subiam 6,49%, a R$ 9,02, enquanto CMIN3 avançava 10,61%, a R$ 5,84.

No geral, o JPMorgan avalia que os desempenhos foram sólidos e superaram as expectativas, razão pela qual já esperava uma reação positiva dos investidores aos números anunciados.

A CSN reportou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 3,3 bilhões, superando as expectativas do banco e do consenso em 8,8% e 14,9%, respectivamente.

Para o JPMorgan, o resultado positivo foi impulsionado pelo forte desempenho das principais unidades de negócios, principalmente Siderurgia, Mineração (CMIN) e Cimento.

O Ebitda da CSN Mineração de R$ 2,0 bilhões também superou as expectativas do JPMorgan e do consenso (9,3% e 19,6%, respectivamente), com os custos C1 (da mina ao porto) surpreendendo com níveis baixos de $20,4/t.

Quanto ao fluxo de caixa (FCF), a CSN teve um consumo de caixa de R$ 1,2 bilhão (excluindo o efeito único da venda da participação da CSN Mineração), impulsionado principalmente por maiores despesas. A mineradora teve a tendência oposta, com o FCF calculado pelo JPMorgan de R$ 1,2 bi representando um retorno anualizado de 15,2%.

Leia mais:

O JPMorgan reiterou recomendação de neutra para CSN e preço-alvo de R$ 12, enquanto manteve classificação de venda para CSN Mineração.

O Itaú BBA comenta que o Ebitda de R$ 3,3 bilhões, 17% acima da sua estimativa de R$ 2,9 bilhões, foi impulsionada principalmente por resultados melhores do que o esperado na divisão de mineração, e a melhora sequencial foi ajudada pelas divisões de mineração e siderurgia.

Os pontos negativos, segundo BBA, foram: i) a geração de fluxo de caixa (FCF) negativo de R$ 1,7 bilhão; e ii) o aumento da dívida líquida/Ebitda para 3,5 vezes.

O Itaú BBA manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 12.

Já o BBI atribui o crescimento do Ebitda aos resultados mais fortes do que o esperado em todas as divisões. No segmento de minério de ferro, apesar dos menores volumes sequenciais e custos mais altos, preços realizados materialmente mais elevados levaram o Ebitda a aumentar em quase 80% no trimestre. Ao mesmo tempo, as margens na siderurgia atingiram os dois dígitos pela primeira vez desde o 1T23, ajudadas por uma combinação de custos mais baixos e preços e volumes ligeiramente mais altos (apesar da sazonalidade mais fraca).

Em cimento, na avaliação do BBI, o forte desempenho de custos e a maior realização de preços mais do que compensaram os menores volumes, gerando outro aumento de 10% no Ebitda — com a divisão agora respondendo por cerca de 12% do Ebitda total da empresa no 4T24, contra 7% no 4T23.

Por outro lado, o BBI destaca que a CSN mais uma vez queimou caixa, em meio a altas despesas com juros e investimentos — levando sua alavancagem reportada para 3,5x a relação Dívida Líquida/Ebitda (crescimento de 0,2 vez no trimestre).

O BBI manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 9.

The post CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) superam expectativas e ações disparam após 4T appeared first on InfoMoney.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.