Efeito Lula: dívida bruta do Brasil cai, apesar de previsão pessimista do mercado

Banco Central. Foto: Reprodução

A dívida bruta do Brasil registrou uma queda em janeiro, para 75,3% do PIB (Produto Interno Bruto), o menor patamar desde abril de 2024. A redução foi inesperada, já que o mercado tinha expectativa de um crescimento para 76,2%.

Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta sexta (14), o mês de janeiro registrou 76,1%. A dívida líquida, por sua vez, foi a 60,8% em janeiro, contra 61,2% em dezembro e uma projeção de 61,3%.

O setor público consolidado registrou um superávit primário de R$ 104,096 bilhões. Economistas consultados pela agência de notícia Reuters afirmaram que a expectativa era de um saldo positivo de R$ 102,135 bilhões.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Reprodução

Os dados do BC apontam que o governo federal teve um resultado positivo de R$ 83,150 bilhões, enquanto estados e municípios somaram um superávit primário de R$ 21,952 bilhões. As estatais tiveram um déficit de R$ 1,006 bilhão.

As projeções do Tesouro Nacional apontam que, sem a implementação de novas medidas de arrecadação, a dívida bruta pode alcançar 83,1% do PIB até 2028. Sem intervenções eficazes na política fiscal, a previsão é que o número ultrapasse 90% em 2029.

O pico da série da dívida bruta foi alcançado em dezembro de 2020 (87,6%) com as medidas adotadas pelo então presidente, Jair Bolsonaro, no início da pandemia de Covid-19. Em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou ao seu melhor patamar (51,5%).

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