Sem jogos no Brasil, NBA mira em conteúdos e eventos de lifestyle

Precursora entre as ligas americanas com operação no Brasil, a NBA não deve, em um primeiro momento, trazer jogos de basquete para o País. Nos próximos anos a estratégia do escritório local é mirar conteúdos e eventos ligados ao lifestyle associado à liga.

Foram os executivos da empresa no Brasil que criaram, há 13 anos, a NBA House, ativação para assistir às finais da principal de liga de basquete mundial. O modelo foi exportado para países como Paris, Abu Dhabi e Cidade do México e é tratado como uma referência no processo de internacionalização da marca, uma das prioridades da NBA.

As receitas vindas de outros países têm se tornado cada vez mais importante na estratégia de crescimento da liga, aponta o vice-presidente associado da NBA Latam, Fabio Laudisio. “Eu diria que para todas as grandes ligas, seja NFL, Premier League ou outra.”

Mas as estratégias podem variar. Diferentemente da NFL, que vai para o seu segundo jogo de temporada regular no Brasil em 2025, a NBA não pretende trazer partidas para o país. “Temos um foco de ampliar as experiências ao vivo e de ampliar e crescer as nossas plataformas digitais”, conta Laudisio.

Os projetos, no entanto, ainda não estão definidos e podem ser tanto eventos quanto conteúdos exclusivos, apostas do canal para o público engajado. De 2023 para cá, a NBA fechou parcerias com o podcast PodPah e produziu o programa “Na Estrada”, com o influenciador Fred.

“Têm coisas como uma websérie que dura 20 minutos, para o core fan que gosta de ver os detalhes. E a gente tem formatos short, que são vídeos highlights, que é para um fã mais casual. Então esse é um dos objetivos”, conta o executivo.

No Brasil, a NBA calcula que tenha 54 milhões de fãs com um perfil jovem e engajado. É justamente o recorte que tem atraído marcas nacionais como patrocinadoras — dinheiro que vai diretamente para o bolso das franquias que compõem a liga.

Em 2024, a NBA Brasil bateu o recorde de patrocínios regionalmente, com nove marcas. Neste ano, algumas delas deixam a parceria, mas novas empresas devem manter um número similar. Até agora, a casa de apostas Sportingbet e a companhia aérea Emirates foram anunciados.

“Para nós não é quantidade, é qualidade, então preferimos ter menos parceiros, mas parceiros que pensem a médio e longo prazo e que estejam conosco para contar uma história”, conta Laudisio.

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