DHPP diz que mandante da morte de Gritzbach pagou R$ 900 mil por filme do PCC

Emílio Carlos Gongorra Castilho, o Cigarreiro, financiou com R$ 900 mil um documentário sobre o PCC. Foto: Reprodução.

O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) concluiu que Emílio Carlos Gongorra Castilho, o Cigarreiro, indiciado como mandante do assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach, pagou R$ 900 mil para financiar o documentário “O Grito”, exibido na Netflix, conforme informações do colunista Josmar Jozino, do UOL.

O documentário aborda o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), um sistema de castigo imposto em presídios brasileiros, e inclui entrevistas com familiares de líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) e do CV (Comando Vermelho), facções criminosas que atuam no Brasil.

A investigação indiciou seis pessoas pelo assassinato de Gritzbach, incluindo mandantes e executores. O diretor do documentário, Rodrigo Gianetto, foi ouvido pela Polícia Civil como testemunha e confirmou ter recebido R$ 900 mil pelo filme.

Segundo o DHPP, o valor foi repassado por Marco Aurélio Souza de Albuquerque, de 48 anos, proprietário da produtora K2.

O Grito - Regime Disciplinar Diferenciado - Documentário 2024 - AdoroCinema
O Grito, exibido na Netflix: documentário aborda o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), um sistema de punição em presídios brasileiros. Foto: Reprodução

As apurações revelaram que a K2 operava no mesmo endereço da Rádio Street, localizada no Condomínio Edifício Parque Avenida, na Avenida Paulista, nº 1.776. O local era administrado por Cigarreiro.

Para o DHPP, Marco Aurélio atuava como “laranja”, e Cigarreiro, além de financiar o documentário, teria montado a rádio para lavar dinheiro do tráfico de drogas do PCC e do CV.

Além de Cigarreiro, o relatório do DHPP também indiciou três policiais militares suspeitos de envolvimento direto no assassinato de Gritzbach: o soldado Ruan Silva Rodrigues (32 anos), o cabo Dênis Antônio Martins (40 anos) e o tenente Fernando Genauro da Silva (33 anos). Os três foram presos preventivamente e aguardam julgamento.

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