Lula alerta sobre autoritarismo ao celebrar 40 anos da redemocratização

Lula e o ex-presidente José Sarney (MDB). Foto: Divulgação

Neste sábado (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que é preciso defender “todos os dias” a democracia contra aqueles que “planejam a volta do autoritarismo”. A declaração ocorreu na data que marca os 40 anos do início da redemocratização do Brasil, após 21 anos de ditadura militar.

Em 15 de março de 1985, José Sarney assumiu interinamente a Presidência da República, já que Tancredo Neves, eleito indiretamente pelo Congresso Nacional, estava hospitalizado. Em uma rede social, Lula, aliado político de Sarney, destacou que a data simboliza “o reencontro do Brasil com a democracia”.

O presidente ressaltou que, nos últimos 40 anos de democracia ininterrupta, o país deu “passos importantes” rumo à construção de uma nação livre, soberana e mais justa. Ele destacou conquistas como o crescimento econômico com inclusão social, combate à fome e às desigualdades, além da geração de empregos.

“Sem a democracia, nada disso seria possível. É preciso defendê-la diariamente daqueles que ainda hoje planejam a volta do autoritarismo. É fundamental que as novas gerações compreendam o que foi viver sob uma ditadura e ter direitos básicos negados, inclusive o direito à vida”, afirmou Lula.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o lançamento do Plano Safra 2023/24. Foto: Divulgação

Ele também homenageou “todos os brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização”, reforçando que “hoje – e todo dia – é dia de celebrar a democracia”.

Durante seminário em Brasília, José Sarney, de 94 anos, destacou a força das instituições democráticas diante de “acontecimentos danosos” ao país. O ex-presidente foi questionado sobre a análise do Supremo Tribunal Federal (STF) da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.

O STF iniciará a avaliação do caso no próximo dia 25 de março. A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também discursou no evento, enfatizando que a democracia é “a única opção para viver em liberdade”.

Segundo ela, o regime democrático ainda está em construção, enfrentando desafios, especialmente para as mulheres. “Uma mulher é morta no Brasil a cada seis horas. Isso mostra que ainda há uma cultura permissiva de negação de direitos”, destacou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que nasceu após a redemocratização, afirmou em uma rede social que sua geração tem a democracia como “princípio básico”. “Podemos celebrar, mas nunca esquecer: a democracia é um bem inegociável. Seguiremos usando a Constituição como uma bússola na defesa do Brasil e dos brasileiros”, concluiu.

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