Premiê britânico pressiona Putin e pede compromisso real com cessar-fogo na Ucrânia

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer. Foto: Divulgação

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reuniu-se virtualmente com 25 líderes internacionais neste sábado (15) para intensificar a pressão sobre a Rússia e buscar um acordo para que o presidente Vladimir Putin assine o cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos na guerra contra a Ucrânia.

Durante a reunião, Starmer afirmou que Putin “não leva a paz a sério” e destacou que, caso o líder russo se recuse a assinar o acordo, medidas econômicas ainda mais rígidas devem ser adotadas contra Moscou.

A conferência, chamada de “coalizão dos dispostos”, contou com a presença do presidente francês Emmanuel Macron, da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, além de líderes da Austrália, Canadá e Nova Zelândia.

Representantes da OTAN e da União Europeia também participaram do encontro, que foi o segundo em duas semanas. O objetivo do grupo é fortalecer a posição da Ucrânia no conflito, que já dura mais de três anos, e avançar nas discussões sobre a proposta de trégua de 30 dias apresentada pelos Estados Unidos.

Volodymyr Zelensky, Sir Keir Starmer e Emmanuel Macron dialogam durante a cúpula de defesa. Foto: Divulgação

Starmer e Macron vêm liderando esforços para formar uma coalizão internacional de apoio à Ucrânia, especialmente depois que Donald Trump, ex-presidente dos EUA, abriu negociações diretas com Moscou no mês passado. Segundo os líderes europeus, a iniciativa é essencial para garantir a segurança ucraniana e evitar que Putin viole um possível cessar-fogo.

Na última quinta-feira (13), Putin sinalizou que poderia aceitar a interrupção do conflito, mas impôs uma série de condições. O presidente russo questionou se a Ucrânia continuaria recebendo armas durante a trégua e se usaria o período para treinar suas forças militares.

Além disso, exigiu que qualquer cessar-fogo fosse monitorado ao longo dos 2 mil quilômetros de fronteira entre os dois países. Entre as principais exigências russas, estão o reconhecimento das áreas ocupadas como território russo, a proibição da entrada da Ucrânia na OTAN e a garantia de que tropas estrangeiras não sejam enviadas ao país.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta sexta-feira (14) que discutiu com Macron os detalhes técnicos sobre a aplicação do cessar-fogo e garantiu que sua equipe está trabalhando em um plano sólido para assegurar a paz. Além disso, tanto Starmer quanto Macron demonstraram disposição para enviar tropas britânicas e francesas à Ucrânia como parte dos esforços para garantir que a trégua seja cumprida.

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