Hospitais de Londres proíbem bandeiras da Palestina após queixas de judeus

Hospitais de Londres proibiram o uso de bandeiras da Palestina depois que pacientes judeus relataram que o símbolo era “perturbador e intimidador”.

A proibição se aplica aos cinco hospitais do sistema de saúde pública (NHS).

A decisão foi tomada após o grupo UK Lawyers for Israel (UKLFI) apresentar o caso de uma paciente judia que, ao comparecer ao hospital Whipps Cross para uma cesariana, viu três funcionários usando símbolos pró-Palestina no intervalo de 24 horas.

A mulher afirmou: “A exibição desses símbolos me fez sentir extremamente vulnerável, especialmente diante do aumento de atividades antissemitas que estamos testemunhando online e em manifestações por todo o Reino Unido.”

Em janeiro, um recepcionista foi visto usando uma camiseta com a imagem de um lenço keffiyeh cobrindo o mapa de Israel.

Um paciente reclamou, afirmando que esse tipo de vestimenta não era apropriado.

“Sou judeu e um orgulhoso judeu britânico do East End, com minha avó nascida neste hospital”, disse o paciente.

Também houve relatos de idosos judeus que se sentiram “profundamente angustiados” ao receber tratamento de profissionais que usavam símbolos palestinos. Em novembro, um homem em diálise no Whipps Cross foi atendido por um estagiário que vestia uma camisa de futebol com o mapa da Palestina cobrindo Israel, a Cisjordânia e Gaza.

Após um alerta do UKLFI, o hospital confirmou que não permitirá mais a exibição do símbolo de resistência diante do genocídio em Gaza.

Desde 7 de outubro de 2023, a ofensiva militar de Israel na região resultou na morte de pelo menos 45 028 palestinos e deixou 106 962 feridos. Aproximadamente 31.500 eram mulheres e crianças.

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