Presidente do Novo em SP defende Bolsonaro e quer anistia: “Julgamento totalmente político”

O cientista político e fundador do Novo, Christian Lohbauer. Foto: Divulgação

Christian Lohbauer, presidente estadual do partido Novo em São Paulo a partir deste mês, defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro e lançou o deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP) como candidato ao governo paulista ou ao Senado Federal em 2026. Ele ainda diz que a sigla vive um renascimento após a saída de João Amoêdo.

“O grande erro do partido foi ter encampado o impeachment do Bolsonaro. É quase inexplicável assumir uma pauta dessa, quando a gente trabalhou tantos anos para combater o PT. Estamos mais maduros, conscientes de que esse erro nos custou cinco, seis, sete anos de crescimento”, afirmou à Folha de S.Paulo.

Sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e 33 aliados por golpe, Lohbauer diz que não houve tentativa de ruptura institucional e defende anistia aos presos no ataque de 8 de janeiro de 2023 em Brasília.

“Esse julgamento é totalmente político, não é técnico nem jurídico. Independentemente de as pessoas gostarem ou não do Bolsonaro, é um perigo para o Brasil. Se fizerem esse julgamento, como parece que vão fazer, politicamente contra o ex-presidente, podem fazer com qualquer um”, prossegue.

Christian Lohbauer foi candidato a vice na chapa de João Amoêdo em 2022. Foto: Divulgação

Lohbauer diz que o partido sofre de uma “dificuldade de posicionamento” por conta de seu “passado recente” e cita Amoêdo, que declarou voto no presidente Lula no segundo turno de 2022. “A mensagem mais importante é que estamos na direita”, acrescenta.

Ex-candidato a vice-presidente na chapa de Amoêdo em 2018, o novo dirigente estadual do Novo em São Paulo diz que o partido para por uma refundação. Ele, que deixou a legenda e voltou após a saída de Amôedo, diz: “Estamos voltando a ser o que éramos”.

Ele está preparando o partido para as eleições de 2026 e a ideia é lançar uma chapa entre os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). “Seria uma coisa que todo mundo deseja, uma espécie de café com leite pós-moderno”, avalia.

Se Tarcísio decidir concorrer à Presidência em 2026, o objetivo é lançar Salles para o governo estadual. Lohbauer acredita que o ex-ministro do Meio Ambiente também pode buscar vaga no Senado e aponta que a direita carece de nomes.

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