Dois casos de sarampo são registrados em São João de Meriti

vacina sarampo

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Foto: Reprodução / Agência Brasil

Dois casos de sarampo foram registrados no município de São João de Meriti, localizado na Baixada Fluminense, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. As confirmações ocorreram na última sexta-feira (14). As pacientes são duas crianças da mesma família, ambas com menos de 1 ano de idade. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), elas receberam alta médica e passam bem.

Após a notificação do caso suspeito pelo Município, as equipes de Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária e de Imunização da SES-RJ cumpriram protocolo de visita técnica pelo Ministério da Saúde (MS) para orientar os técnicos da vigilância epidemiológica municipal. Um alerta com nota técnica também foi enviado às coordenadorias de vigilância dos 92 municípios do estado. Em 2024, o estado do Rio de Janeiro notificou 207 casos suspeitos de sarampo, dos quais 205 foram descartados, um foi confirmado e um permanece em investigação.

Embora São João de Meriti esteja localizado no estado do Rio de Janeiro, o município fluminense está a aproximadamente 180 quilômetros de Juiz de Fora. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o estado não registra casos autóctones (com transmissão local) de sarampo desde 2020, quando foram confirmados 22 casos. No entanto, em agosto de 2024, foi confirmado um caso da doença em um paciente do sexo masculino, de 17 anos, residente em Belo Horizonte, que apresentava histórico recente de viagem à Inglaterra.

Cobertura vacinal em Minas

A cobertura vacinal da Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola) em Minas Gerais é de 101,98% do público alvo (crianças de 1 ano de idade) para a primeira dose, e 89,50% para a segunda dose, até dezembro de 2024. A meta vacinal estabelecida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, é de 95%, portanto, apesar da primeira dose ultrapassar as expectativas, a segunda fica abaixo da meta estabelecida de 95%.

Sobre o sarampo

Segundo o MS, sarampo é uma doença infecciosa, causada por um vírus que pode levar à morte. Sua transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. A maneira mais efetiva de evitar o sarampo é por meio da vacinação.

Os principais sinais e sintomas do sarampo são:

  • Exantema (manchas vermelhas) no corpo;
  • Febre alta (acima de 38,5°);
  • Tosse seca;
  • Irritação nos olhos (conjuntivite);
  • Nariz escorrendo ou entupido;
  • Mal-estar intenso.

A transmissão do vírus do sarampo ocorre de pessoa a pessoa, por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O sarampo é tão contagioso que uma pessoa infectada pode transmitir para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. A transmissão pode ocorrer entre seis dias antes e quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo. A doença é uma doença prevenível por vacinação.

  • Dupla viral – protege do vírus do sarampo e da rubéola. Pode ser utilizada para o bloqueio vacinal em situação de surto;
  • Tríplice viral – protege do vírus do sarampo, caxumba e rubéola;
  • Tetra viral – protege do vírus do sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora).

Recorde de casos no exterior

Em 2024, a Europa e a Ásia Central registraram 127.350 casos de sarampo, o que representa o dobro dos casos de 2023 e o maior número desde 1997. Os dados foram divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na última quinta-feira (13).

Segundo as organizações, 40% dos casos de sarampo na região ocorreram em crianças com menos de 5 anos. Em mais da metade desses casos, os pacientes precisaram ser hospitalizados. Até 5 de março, foram registradas 38 mortes devido à doença.

Antes disso, o número de casos de sarampo vinha caindo desde 2017, quando 216 mil infecções foram reportadas. O menor número foi em 2016, com apenas 4.440 casos. No entanto, os casos aumentaram de 2018 para 2019, com 89 mil e 106 mil registros, respectivamente. A OMS explica que a pandemia de Covid-19 fez com que a cobertura vacinal caísse, o que contribuiu para o aumento dos casos de sarampo em 2023 e 2024. Muitas taxas de vacinação ainda não retornaram aos níveis anteriores à pandemia, aumentando o risco de surtos.

As entidades também alertam que países que ainda não enfrentam surtos de sarampo devem estar preparados para identificar e corrigir falhas na imunização, além de trabalhar para fortalecer a confiança pública nas vacinas e manter sistemas de saúde robustos.

*Estagiária sob a supervisão do editor Bruno Kaehler

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