As construtoras da B3 que devem se beneficiar com mais recursos para Faixa 3 do MCMV

O governo assinou uma carta oficial para realocar R$ 15 bilhões do Fundo Social para ampliar a Faixa 3 do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), possivelmente criando uma nova faixa, a “Faixa 4”, com esse orçamento adicional de R$ 15 bilhões.

As principais mudanças em análise incluem: (i) a inclusão de famílias com renda de até R$ 12.000 mensais (atualmente, o limite é de R$ 8.000); (ii) o aumento do teto de preço dos imóveis para R$ 400 mil a R$ 450 mil (ante os atuais R$ 350 mil); e (iii) a oferta de financiamento com taxas de cerca de TR + 8% ao ano, abaixo da TR + 11% ao ano praticada no SBPE.

Embora os detalhes sobre o quadro operacional sejam limitados, a XP acredita que a medida sinaliza uma intenção de acelerar a procura nos escalões de rendimento mais elevados.

Na opinião da corretora, o consumo deste orçamento adicional pode não ser simples, uma vez que o Grupo 3 tem vindo a perder participação de de mercado no MCMV desde o ajustamento para as unidades em segunda mão.

Nas condições atuais, a XP acredita que o consumo poderá ser mais lento do que o previsto, podendo ser necessário proceder a ajustamentos no MCMV, o que reforça a perspectiva positiva quanto a eventuais revisões dos limites máximos de rendimento. Isso, segundo a instituição financeira, poderia beneficiar a Cury (CURY3) e a Direcional (DIRR3), embora ainda seja cedo para considerar esse cenário como base.

Se aprovada, na avaliação do BBI, a medida deve beneficiar construtoras com mais exposição ao Grupo 3 (Cury, Direcional e Plano & Plano PLPL3). Além disso, como os recursos adicionais vêm do Fundo Social, não deve haver impacto dessa medida no fundo do FGTS.

A Genial Investimentos também comenta que a medida seria positiva para Cury e Direcional, que têm maior exposição à faixa 3. Apesar dos poucos detalhes, a mudança é um forte indicativo de que poderá haver um aumento do teto para o MCMV, como rumorejado algumas semanas atrás.

Já o BTG comenta que o anúncio foi uma surpresa para os investidores, uma vez que o FGTS (a principal fonte de financiamento para o programa MCMV) ainda tem um grande orçamento a ser gasto em 2025 (há financiamento abundante para o MCMV, mas parece que o governo está planejando aumentar ainda mais o programa).

Para BTG, Se as medidas forem implementadas, as empresas poderão aumentar muito os lançamentos (nessa nova faixa) e/ou aumentar os preços de venda dos imóveis do segmento (já que a acessibilidade aumentará muito). Isso é particularmente positivo para a Cury e a Direcional, que já têm partes relevantes de suas operações na nova faixa “Faixa 4” do MCMV.

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