Polícia investiga alunos de medicina que usaram faixa com alusão a estupro durante competição

A Polícia Civil de São Paulo instaurou um inquérito para apurar a exibição de uma faixa com mensagem de apologia a estupro durante uma competição esportiva universitária realizada no último sábado (15). Os portadores eram alunos de medicina na Faculdade Santa Marcelina, uma das mais tradicionais da capital paulista. Após a repercussão, a instituição repudiou o ato e disse que abriu uma apuração interna.

Ao menos 24 estudantes apareceram em uma foto segurando a faixa que continha a frase: “Entra porra escorre sangue”. A imagem foi tirada antes de um jogo de handebol e passou a circular nos grupos internos da faculdade. Logo, causou indignação e vazou.

O caso foi denunciado à Polícia Civil e um inquérito segue em andamento na 8ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

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Uma mulher, que seria membro da Associação Atlética Acadêmica Pedro Vital (AAAPV), também estava na foto, ao lado dos rapazes. Depois que o caso ganhou repercussão, ela postou uma mensagem nas redes sociais pedindo desculpas e dizendo que não tinha lido o que estava escrito na faixa antes de posar para a foto.

Já a AAAPV postou uma nota oficial, dizendo que foram calouros os responsáveis pela confecção da faixa. Depois, outro texto revelou que o presidente e vice-presidente da gestão 2025 foram afastados, sendo que todos os membros que apareceram na fotografia enfrentarão as devidas consequências disciplinares.

A Faculdade Santa Marcelina, por sua vez, repudiou a atitude dos estudantes, disse que instaurou uma apuração interna e prometeu punição aos responsáveis.

“A instituição esclarece que, no ato de matrícula, o aluno aceita um compromisso formal com a faculdade, de respeito aos seus princípios éticos e morais, à dignidade acadêmica e à legislação vigente. Atitudes como essa constituem agravo à instituição e sua tradição, missão e valores e também à sociedade como um todo”, escreveu a instituição de ensino.

“A Faculdade Santa Marcelina já iniciou um procedimento de sindicância interna para apuração dos fatos e os alunos da instituição responsáveis pelos atos (que ocorreram fora de suas dependências) serão penalizados conforme os princípios estabelecidos e a gravidade da infração. Entre as punições estão advertências verbais e escritas, suspensão e até desligamento (expulsão) da faculdade”, ressaltou a nota.

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