VÍDEO – Tesla tem carros e lojas destruídos em protesto contra Musk nos EUA

Porta da concessionária da Tesla foi pichada com protesto contra Musk. Foto: Steve Marcus/Las Vegas Sun via AP

Desde a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, há uma crescente onda de ataques contra propriedades da Tesla, empresa de carros elétricos de Elon Musk, bilionário que atua como chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês).

Nos últimos meses, carros incendiados, balas disparadas contra vitrines e coquetéis molotov lançados em concessionárias têm marcado uma série de atos de vandalismo contra a empresa, levando o governo a iniciar investigações sobre “terrorismo doméstico”.

Na última terça-feira (18), após um novo ataque em Las Vegas, a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, condenou os episódios e afirmou que o Departamento de Justiça já acusou várias pessoas pelos crimes.

“O enxame de ataques violentos à propriedade da Tesla nada mais é do que terrorismo doméstico. Continuaremos as investigações que impõem consequências severas aos envolvidos nesses ataques, incluindo aqueles que operam nos bastidores para coordenar e financiar esses crimes”, disse Bondi em uma declaração.

Trump também se manifestou sobre o caso, sugerindo que os incêndios em carros da Tesla podem ser atos de terrorismo. O mais recente, de Las Vegas, teve pelo menos cinco veículos da Tesla danificados, dois deles completamente consumidos pelas chamas.

O Departamento de Polícia Metropolitana da cidade divulgou imagens de drones que mostram carros destruídos e pichações nas portas do prédio com a palavra “Resist” (Resista, em português). Testemunhas relataram ter visto um suspeito incendiando os veículos.

Musk compartilhou o vídeo do ataque no X, antigo Twitter, e lamentou a violência. “Este nível de violência é insano e profundamente errado. A Tesla só faz carros elétricos e não fez nada para merecer esses ataques malignos”, afirmou o bilionário. Ele também acusou organizações de esquerda de estarem por trás dos ataques, alegando que parte deles é “organizada e paga por bilionários de esquerda”.

Desde que assumiu a chefia do DOGE, Musk é responsável por cortes radicais nos gastos do governo. Ativistas têm realizado protestos chamados “Tesla Takedown” para expressar descontentamento com o papel do empresário nos cortes de empregos federais e no cancelamento de contratos relacionados a programas humanitários.

Embora manifestações pacíficas já tenham ocorrido em concessionárias e fábricas da Tesla na América do Norte e Europa, agora são os atos de vandalismo que têm chamado a atenção pela violência.

Em Seattle, um Tesla Model S foi incendiado na sexta-feira (14), e quatro Cybertrucks foram destruídos em um estacionamento da empresa no início do mês. Na Carolina do Sul, um homem foi preso por atear fogo em estações de carregamento da Tesla, enquanto em Portland, mais de uma dúzia de balas foram disparadas contra um showroom, danificando veículos e janelas.

Spencer Evans, agente especial do FBI em Las Vegas, destacou que os episódios apresentam características que sugerem motivações políticas. “Isso foi terrorismo? Foi outra coisa? Certamente tem algumas das marcas que poderíamos pensar: a escrita na parede, potencial agenda política, um ato de violência. Nenhum desses fatores passou despercebido para nós”, disse.

Em fevereiro, promotores no Colorado acusaram uma mulher por uma série de ataques a concessionárias da Tesla, incluindo o lançamento de coquetéis molotov e pichações com as palavras “carros nazistas”.

Conheça as redes sociais do DCM:
⚪Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line

Adicionar aos favoritos o Link permanente.