Festival de Fotografia de Tiradentes 2025: 5 atrações imperdíveis

Festival terá 5 dias, mais de 50 fotolivros, 11 exposições e grandes nomes da fotografia em Tiradentes

O Festival de Fotografia de Tiradentes chega à 14ª edição entre os dias 26 e 30 de março de 2025. Durante cinco dias, a cidade histórica se transforma em um centro de arte e reflexão, reunindo fotógrafos, curadores, pesquisadores e amantes da imagem. A programação inclui exposições, palestras, projeções, lançamentos de fotolivros e debates sobre temas contemporâneos da fotografia.

O evento será no Centro Cultural Yves Alves, no Largo das Forras e em outros espaços da cidade. Com atividades gratuitas e abertas ao público, o festival reforça o compromisso com a democratização da arte. “O nosso público não é formado apenas por profissionais da fotografia, mas por apaixonados pela imagem. Queremos que todos possam ter acesso, que vejam as fotos de uma maneira grandiosa”, destaca Eugênio Sávio, organizador do evento.

Com tantas opções, destacamos cinco atrações imperdíveis para quem deseja aproveitar o melhor do festival.

1. Exposição coletiva “Ecosofias”

A principal mostra do festival reúne 11 artistas do Brasil, Argentina, México, França, Japão e Uruguai. A curadoria de João Castilho e Pedro David traz um olhar sobre as “novas ecologias”, abordando meio ambiente, relações sociais e subjetividade. Entre os destaques, está o projeto inédito do uruguaio Fede Ruiz Santesteban, que utiliza folhas, terra e água da Serra de São José para criar imagens sem câmera.

Eugênio Sávio ressalta a importância da exposição e do tema escolhido: “A gente está sendo vítima dessas questões no dia a dia. O calor extremo, as chuvas intensas. Essa convocatória leva as pessoas a investigar, a produzir imagens sobre o tema”. Segundo ele, a proposta do festival é provocar reflexões e ampliar o alcance da fotografia para além da técnica. “Não adianta fazer um festival que só exiba imagens. Tem que mexer com a cabeça das pessoas, tem que conscientizar, tem que mobilizar, tem que emocionar”.

2. Palestra com Walter Carvalho

O fotógrafo e cineasta Walter Carvalho é um dos convidados do festival. Na sexta-feira, 28 de março, ele participa de uma conversa mediada por Eder Chiodetto sobre a trajetória na fotografia e no cinema. Conhecido por uma abordagem visual única, Walter apresentará um panorama da própria obra e da relação com a imagem.

“Walter Carvalho tem uma trajetória incrível, tanto no cinema quanto na fotografia. Ele tem uma sensibilidade muito forte para construir imagens que contam histórias”, comenta. Segundo Eugênio, a palestra será uma oportunidade única para quem deseja entender mais sobre o olhar cinematográfico e a relação com a fotografia fixa.

3. Lançamento de Fotolivros na Vila Foto em Pauta

Na sexta e no sábado, a Vila Foto em Pauta recebe o lançamento de mais de 50 fotolivros. É a oportunidade de conhecer novos trabalhos, trocar ideias com os autores e entender os processos por trás das publicações.

“O sonho do fotógrafo hoje é ter um livro”, destaca Eugênio. Ele observa que, nos últimos 15 anos, houve uma transformação no modo como os fotógrafos divulgam os trabalhos. “Antigamente, todo mundo queria expor. Hoje, o fotolivro virou um fenômeno. A fotografia impressa ganhou força, e o festival acompanha esse movimento, trazendo lançamentos de várias partes do Brasil”. Os visitantes poderão interagir com os artistas, entender os bastidores das produções e conhecer novas narrativas visuais.

4. Projeções fotográficas ao ar livre

Uma das marcas do festival são as projeções de imagens em espaços públicos. Fotografias são exibidas em grandes telas e muros, criando uma experiência imersiva. A curadoria aposta na diversidade de olhares, trazendo desde fotógrafos consagrados até novos talentos.

“O nosso público não é formado apenas por profissionais da fotografia, mas por apaixonados pela imagem. Queremos que todos possam ter acesso, que vejam as fotos de uma maneira grandiosa. E a projeção permite isso”, comenta Eugênio. Além disso, as exibições ao ar livre ajudam a transformar a cidade. “Muita gente que não iria até uma galeria acaba tendo contato com a fotografia dessa forma. E isso amplia o impacto do festival”.

5. Fotografia e inteligência artificial

A relação entre imagem e tecnologia será debatida no evento. A artista Cláudia Jaguaribe, por exemplo, apresentará trabalhos que exploram a inteligência artificial na produção de imagens. Essa é uma oportunidade para entender como a fotografia se transforma diante das novas ferramentas digitais.

“Tem gente que diz que inteligência artificial não é fotografia. Mas a gente precisa discutir isso. As novas tecnologias estão aí e impactam diretamente a forma como produzimos e consumimos imagens”, ressalta. Segundo Eugênio, o festival busca se manter atualizado e provocar reflexões sobre os rumos da fotografia. “Não dá para ignorar. Precisamos entender, testar e pensar no que isso significa para o futuro da imagem”.

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