Paciência

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Já é de muito tempo que os homens vêm demonstrando, mais e mais costumeiramente, sua tendência ao autoritarismo.
Pessoas em número incontável, nas mais variadas culturas e níveis sociais, têm adotado o personalismo individual como sendo o gabarito de comportamento geral.
Uma força negativamente poderosa – estranha, mas não desconhecida -, o egoísmo assenhorou-se de muitos, agindo com violência e agressividade rotineiramente, dando transparecer que as leis e as ordens sociais nada valem sem o seu aval.
A história está repleta de exemplos nefastos resultantes do império do eu.
A lei que nos rege é a do livre arbítrio, que está diretamente vinculada à lei de ação e reação. Logo semeada a força, a colheita é mais violência; não é possível colher paz se a sementeira foi de conflito.
Allan Kardec escreveu no Evangelho segundo o Espiritismo: “Fora da caridade não há salvação”. E a maior caridade que podemos praticar é o amor ao próximo. Esse amor pode e manifesta-se de modo multiforme, respeitando a sensibilidade de cada ser, havendo, porém, um sentimento comum a todas as pessoas independentemente do que quer que ela seja e onde ou como esteja. Referimo-nos ao sentimento da paciência. Quem cultiva a paciência é um paciente. Pessoa vigilante e capaz de não perder a calma; quando ofendido, aquieta-se sem lamuriar ou ser ríspido, não reclama e cultiva a resignação. Mas como ser um paciente se trazemos o coração afogado em aflições? Para desfrutar o triunfo da serenidade é necessário, primeiro, saldar os débitos do passado faltoso, passado esse que nos encadeia ao presente de aflições.
Sabemos que a bondade de Deus, nosso Pai, é infinita, e, se do amor de Deus temos um tênue conhecimento, devemos entender o caminho de luta em que nos detemos, reconhecendo o círculo de certas obrigações a cumprir.
Se o lar arde como fogueira de atritos, seja a água que aplaca a chama. Na instituição de trabalho, dividimos espaço com a calúnia e a incompreensão. Sejam a boca e os ouvidos órgãos de equilíbrio e serenidade.
Onde estiver pratique em si mesmo a paciência, a calma e a serenidade, para que a palavra dita em concórdia soe nos ouvidos alheios como notas de equilíbrio, trazendo a paz e a boa vontade para com todos.
Assim, em nossa pequenez espiritual, seremos esforçadamente grandes, para fazer ecoar na Terra as palavras do Cristo de Deus: “Paz na Terra e boa vontade para com os homens”.

 

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