Moraes vota para condenar bolsonarista que pichou estátua do STF a 14 anos de prisão

A bosonarista Débora Rodrigues dos Santos com as mãos sujas após pichar estátua em frente ao Supremo Tribunal Federal durante o ataque de 8 de janeiro de 2023. Foto: Folhapress

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para condenar Débora Rodrigues dos Santos, bolsonarista que pichou “perdeu, mané” na estátua ‘A Justiça’, em frente à Corte, a 14 anos de prisão. O episódio ocorreu durante o ataque golpista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília.

O julgamento do caso ocorre no plenário virtual entre ministros da Primeira Turma do Supremo e está previsto para durar até o dia 28 de março. Ela foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes como associação criminosa armada, golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado.

A frase pichada na estátua, “perdeu, mané”, é uma referência a uma fala do ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente da Corte. O magistrado usou a expressão após ser abordado por um manifestante bolsonarista em Nova York, nos Estados Unidos, em 2022.

Em agosto de 2024, a Primeira Turma aceitou a denúncia contra Débora por unanimidade e agora os ministros analisam se a ré deve ser condenada ou não. Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino ainda vão se manifestar sobre o caso.

Débora Rodrigues dos Santos foi flagrada pichando a estátua “A Justiça”, em frente ao Supremo Tribunal Federal, no 8 de janeiro de 2023. Foto: Folhapress

Presa desde março de 2023 na Operação Lesa Pátria, Débora é cabeleireira e segue detida até hoje no interior de São Paulo. Natural de Irecê (BA), a bolsonarista vive com o marido e os filhos em Paulínia (SP). Sua defesa diz que as únicas provas são imagens dela pintando a estátua com gloss labial e que ela deveria ser condenada a, no máximo, prestar serviço comunitário ou pagar cestas básicas.

A obra “A Justiça”, uma das principais do artista mineiro Alfredo Ceschiatti, foi avaliada pela Corte entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões.

Em janeiro deste ano, Débora enviou uma carta de próprio punho a Moraes para pedir desculpas e tentar reduzir sua pena. No documento, a bolsonarita alega que outra pessoa começou a pichar a obra e pediu para que ela continuasse, porque sua letra seria feia.

No ano passado, ao votar a favor do recebimento da denúncia, Moraes afirmou: “A denunciada, conforme narrado na denúncia, não só participou das manifestações antidemocráticas como também foi a responsável pelo vandalismo da estátua ‘A Justiça’, localizada em frente à entrada principal do Supremo Tribunal Federal”.

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