Policiais espionados ilegalmente por governo Bolsonaro processam União

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Imagem: reprodução

Policiais penais identificados como antifascistas em um relatório produzido pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi) em 2020, durante a gestão de André Mendonça no Ministério da Justiça, decidiram processar o Estado brasileiro por espionagem política. A ação será movida na próxima semana, segundo Abdael Ambruster, do movimento Policiais Antifascismo. Com informações da Folha de S.Paulo.

O documento, obtido via Lei de Acesso à Informação quase cinco anos depois, listava 579 professores e policiais, incluindo nomes, fotos e perfis em redes sociais. O então diretor de Inteligência da Seopi, coronel Gilson Libório de Oliveira Mendes, foi demitido em agosto de 2020, após a revelação do monitoramento.

Ambruster, coordenador de Segurança Pública do PT, classifica a ação como um dos mais graves ataques do Estado ao cidadão desde a redemocratização. Ele também menciona mensagens de WhatsApp incluídas em um relatório da Polícia Federal, que indicariam a intenção do governo Bolsonaro de criar um “campo de concentração” para policiais antifascistas.

O policial penal afirma que a ação judicial busca reparação pelas perseguições sofridas pelos integrantes do movimento, que relataram perda de promoções e represálias nos estados. “Depois da espionagem, ninguém mais se preocupou com o que aconteceu com esses policiais”, diz.

Sobre a possibilidade de confronto com Mendonça, atualmente ministro do STF, Ambruster afirma: “Vamos comprar essa briga. Precisamos fazer justiça por quem foi perseguido.”

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