Bolsonaro deve ignorar julgamento no STF que pode torná-lo réu em caso de trama golpista; entenda

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve evitar acompanhar o julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que pode torná-lo réu na investigação sobre um suposto plano golpista. A análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) está prevista para começar na terça-feira (25). Com informações da CNN Brasil.

De acordo com parlamentares bolsonaristas, o ex-chefe do governo deve estar em Brasília no primeiro dia da sessão, mas não há confirmação sobre sua participação em reuniões políticas planejadas para a data. Deputados e senadores aliados organizam um encontro na capital federal para discutir pautas legislativas e a articulação pelo PL da Anistia.

A estratégia dos aliados do ex-presidente é que ele mantenha distância do julgamento, transmitindo a mensagem de desinteresse pela decisão do STF e reforçando o discurso de perseguição política.

Julgamento no STF

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal reservou os dias 25 e 26 de março para a análise da denúncia contra os envolvidos na trama golpista. O julgamento ocorrerá em três sessões, iniciando na manhã de terça-feira e podendo se estender até quarta-feira.

O colegiado responsável pelo caso é composto pelos ministros Cristiano Zanin, Carmen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Luiz Fux.

Denúncia e divisão dos investigados

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, estruturou a denúncia em núcleos, com base nas investigações da Polícia Federal (PF). Jair Bolsonaro está no grupo considerado mais relevante, composto pelos supostos líderes da organização criminosa.

Entre os denunciados estão ex-ministros de seu governo, como Walter Braga Netto (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa). A expectativa é de que o julgamento avance com implicações políticas significativas para Bolsonaro e seus aliados.

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