VÍDEO: Bolsonaristas são barrados e fazem escândalo na porta do STF durante julgamento de Bolsonaro

Sebastião Coelho, advogado de Filipe Martins, ex-assessor internacional de Bolsonaro. Foto: reprodução

Um clima de tensão marcou o início do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) réu por tentativa de golpe de Estado. Deputados aliados do ex-mandatário e advogados de acusados reclamaram após serem impedidos de entrar no plenário da Primeira Turma, onde ocorre a sessão.

Do lado de fora, eles fizeram escândalo e, durante a fala de Alexandre de Moraes, foi possível ouvir os berros ao fundo, atribuídos ao deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), ao advogado Sebastião Coelho, que defende Filipe Martins, ex-assessor internacional de Bolsonaro na Presidência, também investigado por golpismo.

Coordenados pelo líder da oposição na Câmara, deputado tenente Zucco (PL-RS), um grupo de parlamentares chegou em comboio ao STF com o objetivo de prestar solidariedade a Bolsonaro, que compareceu pessoalmente ao julgamento. No entanto, foram barrados pela segurança da Corte por não terem feito credenciamento prévio.

“É uma pouca vergonha. Não deixaram a gente entrar. Não permitiram que deputados acessassem a sala de julgamento”, protestou o deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), que deixou o STF visivelmente irritado. “Nós, como deputados federais e fiscais de todos os servidores públicos federais, tínhamos que ser recebidos com todo o espírito de democracia.”

O deputado Jordy também criticou as restrições: “Estava lotado. É um lugar muito restrito, deveria estar sendo julgado pelo plenário, veio comitiva para fazer um teatro, mas nós não conseguimos entrar”. Segundo ele, a segurança do STF ofereceu como alternativa que acompanhassem o julgamento pelo quarto andar do prédio, proposta que rejeitaram. “Lá tem uma tela só, um galinheiro. O que eu vou fazer lá? Melhor assistir do gabinete”, reclamou o bolsonarista.

A assessoria do STF explicou que havia orientação prévia sobre a necessidade de credenciamento para participar da sessão. Alguns parlamentares, como o próprio Zucco, foram autorizados a acompanhar o julgamento por meio de telas em outro andar do prédio.

Sebastião Coelho também foi impedido de entrar no plenário. Ele protestou gritando “arbitrários” ao ser barrado. A justificativa do STF foi que seu cliente não integra o “núcleo central” cuja acusação está sendo analisada nesta fase do julgamento. Martins foi assessor de Bolsonaro para assuntos internacionais.

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