O espetáculo teatral “Marcas do Tempo”, inspirado em três contos da escritora Maria Célia Nunes e dirigido por Alan Najara, inicia uma nova temporada de apresentações em Belo Horizonte. A primeira sessão acontece no dia 1º de abril, às 15h, no Centro Cultural Padre Eustáquio, marcando o início da circulação da peça por cinco espaços públicos da capital mineira.
A montagem, que estreou em 2024, aborda temas históricos como exclusão, extermínio, escravização e vilipêndio dos povos originários, africanos e afrodescendentes, promovendo uma reflexão sobre a herança colonial e as desigualdades estruturais da sociedade brasileira. O projeto conta com entrada gratuita e intérprete de Libras, garantindo acessibilidade ao público surdo e ensurdecido.
Circuito pelas regionais de BH
Após a sessão de estreia, “Marcas do Tempo” passará por cinco espaços culturais públicos ao longo de abril e maio:
- Centro Cultural Liberalino Alves – 3 de abril
- Teatro Raul Belém Machado – 6 de abril
- Centro Cultural Vila Santa Rita – 10 de abril
- Centro de Referência das Juventudes (CRJ) – 15 de maio
- Centro de Referência da Pessoa Idosa – 22 de maio
A circulação é viabilizada pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte (LMIC) e tem previsão de atingir um público de 600 pessoas, a partir dos 14 anos, de diversas regiões e segmentos sociais.
Enredo entrelaça História, Literatura e Arte
O espetáculo é baseado nos contos “As Chamas e o Legado”, “O Menino e a Mulher” e “Amor Proibido”, que resgatam as três matrizes etnoculturais formadoras do povo brasileiro. A narrativa mistura narração oral, encenação teatral e uma trilha sonora cuidadosamente elaborada, criando uma experiência imersiva e reflexiva.
Maria Célia Nunes, autora dos textos, tem uma trajetória de 31 anos como professora de História e Sociologia, além de atuar como contadora de histórias há 19 anos. Seu trabalho no espetáculo propõe a valorização da memória coletiva e da tradição oral como forma de preservar e compartilhar saberes.
“O espetáculo busca fortalecer a tradição da narração oral como veículo de perpetuação da memória coletiva, abrindo caminho para múltiplas expressões da cultura popular e literária, como contos, crônicas, cordéis e lendas”, destaca a autora.
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