Equipe de Trump se esforça para lidar com consequência de caso do bate-papo no Signal

WASHINGTON (Reuters) – O governo Trump procurou conter nesta terça-feira as repercussões após jornalista de uma revista revelar que foi inadvertidamente incluído  em uma discussão secreta sobre planos de guerra altamente sensíveis, enquanto os democratas pediram a renúncia de autoridades diante do incidente de segurança.

A diretora da Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, e o diretor da CIA, John Ratcliffe — ambos presentes no bate-papo — afirmaram em depoimento perante o Comitê de Inteligência do Senado que nenhum material confidencial foi compartilhado no bate-papo em grupo no Signal, um aplicativo de mensagens comerciais criptografadas.

Mas senadores democratas expressaram ceticismo, observando que o jornalista, Jeffrey Goldberg, editor-chefe da Atlantic, relatou que o secretário de Defesa Pete Hegseth publicou detalhes operacionais sobre ataques pendentes contra os houthis do Iêmen, alinhados ao Irã, “incluindo informações sobre alvos, armas que os EUA estariam empregando e sequência de ataques”.

Os membros do comitê disseram que planejavam uma auditoria da troca de informações. O líder da maioria republicana no Senado, John Thune, disse nesta terça-feira esperar que o Comitê de Serviços Armados do Senado analisasse o uso do Signal pelas autoridades do governo Trump.

“É difícil para mim acreditar que os alvos, o tempo e as armas não tenham sido confidenciais”, disse o senador Angus King, um independente do Maine que faz parte do grupo dos democratas, durante a audiência.

A revelação feita na segunda-feira causou indignação e descrença entre especialistas em segurança nacional e levou os democratas — e alguns dos colegas republicanos do presidente Donald Trump — a pedir uma investigação do que eles chamaram de uma grande violação de segurança.

“Sou da opinião de que deveria haver demissões, a começar pelo conselheiro de Segurança Nacional e pelo secretário de Defesa”, disse o senador democrata Ron Wyden, do Oregon, na audiência.

Trump, no entanto, expressou apoio à sua equipe de Segurança Nacional quando questionado sobre o incidente em um evento na Casa Branca nesta terça-feira com Michael Waltz, seu conselheiro de Segurança Nacional que, por engano, adicionou Goldberg à discussão sobre o sinal.

Trump afirmou que o governo iria investigar o uso do Signal, mas disse não acreditar que Waltz deva se desculpar.

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