Juiz mantém prisão de bolsonarista que quis invadir posto da PRF com caminhão

caminhoneiro Márcio Pinheiro Saldanha no centro de foto, fazendo teste do bafômetro
O caminhoneiro Márcio Pinheiro Saldanha – Reprodução/Metrópoles

O juiz federal substituto Marcelo Gentil Monteiro determinou, nesta quarta-feira (26), a manutenção da prisão preventiva do caminhoneiro Márcio Pinheiro Saldanha. Ele é acusado de invadir violentamente um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em uma ação considerada criminosa e com motivação política. Segundo o Metrópoles, a decisão foi tomada durante audiência de custódia na 12ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal.

O magistrado converteu a prisão em flagrante para preventiva ao avaliar que a liberdade do réu representaria um risco à ordem pública e poderia incentivar novos ataques contra instituições estatais. Imagens do ocorrido mostram os danos causados pela invasão, além de depoimentos que indicam a motivação política do acusado, supostamente relacionada à tentativa de defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O Ministério Público Federal (MPF) apontou que Márcio Saldanha teria declarado que realizou um “ato terrorista” com o objetivo de se opor à prisão de Bolsonaro e atingir a base da PRF. O MPF reforçou o pedido de prisão preventiva ao destacar a “violência exacerbada” do crime, que colocou em risco a integridade física de agentes públicos e causou danos significativos a bens da União.

Caminhão e carro da PRF
Caminhão de bolsonarista e carro da PRF – Reprodução

Embora o réu tenha negado a motivação política durante a audiência, o juiz considerou haver provas suficientes da materialidade do crime e indícios de autoria. A decisão também autorizou o acesso ao conteúdo dos celulares apreendidos com Saldanha, com o objetivo de identificar possíveis coautores do crime.

A defesa do caminhoneiro solicitou, e o MPF concordou, com a instauração de um incidente de insanidade mental para avaliar sua condição psicológica por meio de perícia. Além disso, Márcio será transferido para um presídio em Guarulhos (SP), cidade próxima à sua residência, a fim de garantir o suporte da família.

O caso ocorre em meio ao julgamento da Petição 12100 no Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa denúncias contra acusados de crimes contra o Estado Democrático de Direito. O juiz ressaltou que a manutenção da prisão preventiva visa evitar novos ataques semelhantes e garantir o exercício regular dos poderes da República.

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