“Sabe que fez bobagens, por isso não se defende”, diz Lula sobre Bolsonaro

Presidente Lula durante coletiva de imprensa no Vietnã. Foto: Ricardo Stuckert

Em sua última agenda na Ásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre o pedido de anistia feito por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. Durante conversa com jornalistas no encerramento do Seminário Empresarial Brasil-Vietnã, na madrugada deste sábado (29) pelo horário de Brasília, Lula questionou a estratégia da defesa do ex-presidente.

“É impressionante que os advogados do cidadão que está pedindo anistia não digam para ele que primeiro eles vão absolver o cidadão, que se absolver não tem anistia. Mas eles já estão tratando como se ele fosse culpado”, afirmou Lula. “Ele não está querendo nem se defender porque ele sabe, no subconsciente dele, que ele fez todas as bobagens que está sendo acusado”, emendou.

Apesar das declarações, o presidente minimizou a relevância do tema, afirmando que não discutiu o assunto com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que o acompanham na viagem oficial.

“Você acha que eu iria convidar o presidente da Câmara e o presidente do Senado para discutir, a 11 mil metros de altura, problemas que eu posso discutir em terra, na minha casa, na casa deles, no senado ou na presidência da república?”, indagou.

Lula reforçou que a anistia não é um tema prioritário: “Eu tenho certeza que a anistia não é um tema principal para ninguém, a não ser para quem está se culpabilizando”. Ele acrescentou que, nos próximos dias, conversará com Motta e Alcolumbre sobre “tudo o que eles têm a resolver”.

Veja o momento em que Lula fala do projeto de anistia: 

Bolsonaro é réu da Justiça

Bolsonaro e sete aliados tornaram-se réus na última quarta-feira (26) por tentativa de golpe de Estado em 2022. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), com mais de 300 páginas, acusa o grupo de integrar um “núcleo crucial” de uma organização criminosa que buscava destruir a democracia.

O ex-presidente nega as acusações e tem atacado publicamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o sistema eleitoral brasileiro. Recentemente, ele passou a defender um projeto de anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o que pode beneficiá-lo.

No entanto, a proposta enfrenta resistência no Congresso. Alcolumbre já declarou que a anistia não é uma “pauta das ruas”, indicando que não pretende priorizar a discussão.

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