VÍDEO: Manifestantes contra Anistia caminham até sede do antigo DOI-CODI em SP

Manifestantes na Paulista. Foto: Reprodução

Movimentos sociais de esquerda e centrais sindicais realizam, neste domingo (30), manifestações em oito capitais brasileiras, com destaque para São Paulo, onde o público segue em caminhada até a antiga sede do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI).

A mobilização, organizada pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ocorre poucos dias após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.

O DOI-CODI foi um dos principais órgãos de repressão política durante a ditadura militar, responsável por manter presos políticos e realizar torturas. Entre os casos de maior repercussão está o do jornalista Vladimir Herzog, morto em 1975 nas dependências do órgão sob circunstâncias que chocaram o país e geraram intensa comoção internacional.

Era também um dos locais em que dava expediente Carlos Alberto Brilhante Ustra, o mais cruel torturado do regime, cultuado por Bolsonaro e seus correligionários.

Ustra foi coronel da ativa do Exército Brasileiro e chefiou centros de tortura e assassinato de pessoas que se opunham à ditadura militar.

Lideranças como o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) e a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) participam do ato. Além de criticar o Projeto de Lei (PL) da Anistia, eles repudiam a postura do ex-presidente Jair Bolsonaro na condução de ataques antidemocráticos.

Os organizadores explicam que a manifestação faz parte de uma série de atos para “manter viva a memória dos períodos de repressão e assegurar a punição de golpistas do presente”. O tom unifica movimentos como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e UNE (União Nacional dos Estudantes), em uma coalizão que pede a responsabilização dos envolvidos no episódio de 8 de janeiro.

Além das manifestações deste domingo, outras mobilizações contra a anistia estão previstas em diferentes estados. De acordo com os organizadores, serão pelo menos 22 atos ao longo de toda a semana, culminando em 1º de abril, um dia após o aniversário do golpe de 1964.

Herzog foi assassinado na sede do Doi-Codi para onde os manifestantes contra a PL da Anistia e pela prisão de Bolsonaro caminharam nesta domingo, 30 Imagem: reprodução

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