Com 9,6% de alta no ano, Ibov tem semana decisiva se atinge ou não marca histórica

O Ibovespa tem mostrado um forte desempenho neste mês de março, acumulando uma valorização de 7,71%, levando o índice para a casa dos 131.900 pontos. No ano, a alta já chega a 9,66%, refletindo o forte apetite comprador após o índice ter atingido sua mínima do ano em 118.222 pontos. A partir dessa região, houve uma retomada expressiva, impulsionada pelo fluxo comprador, levando o Ibovespa a testar resistências importantes.

Apesar do movimento positivo, o índice enfrenta desafios técnicos que podem limitar novos avanços no curto prazo. O patamar de 133.904 pontos, registrado na última semana como a máxima do ano, tem se mostrado uma barreira para a continuidade do movimento de alta. Além disso, o afastamento das médias móveis sugere a possibilidade de uma correção antes de novas tentativas de rompimento.

Diante desse cenário, o mercado segue atento à direção que o índice tomará nos próximos dias, pois o comportamento do Ibovespa pode definir se haverá um novo impulso altista rumo ao topo histórico ou uma correção em direção às regiões de suporte.

Para entender até onde o Ibovespa pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.

Análise técnica do Ibovespa

No gráfico semanal, o Ibovespa mantém uma tendência de alta desde que iniciou sua recuperação na mínima do ano em 118.222 pontos. A movimentação de alta veio acompanhada de um rompimento de resistências importantes, consolidando o viés positivo do mercado. No entanto, após três semanas consecutivas de valorização, o índice encerrou a última semana com leve baixa de 0,33%, formando um spinning top – um padrão gráfico que indica indecisão entre compradores e vendedores.

Esse recuo, ainda que moderado, ocorre em um contexto de afastamento significativo das médias móveis, o que exige atenção. Caso o Ibovespa retome as altas e supere a máxima da última semana em 133.904 pontos, pode ganhar força para testar a máxima histórica em 137.469 pontos. Acima desse nível, o índice teria como alvos projetados as regiões de 139.500/140.830 pontos, com um objetivo mais longo em 145.000 pontos.

Por outro lado, uma nova queda abaixo da mínima da última semana em 130.990 pontos pode desencadear um movimento corretivo mais intenso. Caso isso ocorra, o índice pode buscar suporte nas médias móveis de 9 e 21 períodos, que atualmente estão entre 127.900 e 125.365 pontos. Em um cenário de maior realização, os suportes mais relevantes estão nas faixas de 122.530/118.222 pontos, com um alvo mais longo na média de 200 períodos em 117.600 pontos.

Portanto, o comportamento do Ibovespa nesta semana será importante para definir se o índice manterá sua estrutura de alta ou se uma correção mais forte entrará em cena.

Fonte: RocketTrader. Gráfico semanal. Elaboração: Rodrigo Paz

Confira nossas análises:

Análise de curto prazo

No gráfico diário, o Ibovespa segue em tendência de alta, sustentando-se acima das médias móveis, que permanecem inclinadas para cima. O índice tem apresentado topos e fundos ascendentes desde a mínima de 118.222 pontos, o que reforça o viés positivo. No entanto, após atingir a máxima do ano em 133.904 pontos, o índice passou a se movimentar de forma mais lateral, sugerindo uma possível acumulação antes de definir a próxima direção.

Essa consolidação pode ser um indício de força compradora antes de uma nova tentativa de rompimento, mas também pode sinalizar exaustão, abrindo espaço para uma correção mais intensa.

Caso o Ibovespa consiga superar as resistências imediatas em 133.900/135.715 pontos, o movimento altista pode se fortalecer, levando o índice a testar a máxima histórica em 137.469 pontos. Acima desse nível, os próximos alvos estariam em 139.000/141.340 pontos, com uma projeção mais longa em 142.520 pontos.

Por outro lado, uma perda da média de 9 períodos (131.470 pontos) e do suporte em 129.535 pontos poderia intensificar um fluxo vendedor, levando o índice a testar as médias de 21 e 200 períodos, atualmente em 128.110 e 127.780 pontos, respectivamente. Se perder esses suportes, o mercado pode buscar 125.645/122.530 pontos, com alvo mais longo na mínima do ano em 118.222 pontos.

Fonte: RocketTrader. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Suportes e resistências do Ibovespa

Suportes:

  1. 131.470 → Média de 9 períodos (suporte imediato)
  2. 129.535 → Região importante para evitar fluxo vendedor mais forte
  3. 128.110/127.780 → Médias de 21 e 200 períodos
  4. 125.645/122.530 → Zona de suporte relevante caso a correção se intensifique
  5. 118.222 → Mínima do ano e suporte estrutural mais forte
  6. 117.600 → Média de 200 períodos no gráfico semanal (suporte de longo prazo)

Resistências:

  1. 133.900/135.715 → Resistência imediata
  2. 137.469 → Máxima histórica (resistência principal)
  3. 139.500/140.830 → Próximos alvos caso o topo histórico seja rompido
  4. 145.000 → Alvo mais longo

(Rodrigo Paz é analista técnico)

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