
Entregadores de aplicativos iniciaram nesta segunda-feira (31) uma paralisação nacional para reivindicar melhores condições de trabalho. O “breque dos apps”, como o movimento ficou conhecido, acontece em 59 cidades e se estende até terça-feira (1º).
Entre as principais reivindicações estão o estabelecimento de uma taxa mínima de R$ 10 por entrega, aumento do valor pago por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50 e a limitação das entregas por bicicleta a um raio de três quilômetros.
Além disso, os trabalhadores pedem reajuste da taxa de espera e melhorias nas condições de trabalho oferecidas por plataformas como iFood, Uber Flash e 99 Entrega.
Em São Paulo, a mobilização começou no Pacaembu, com os entregadores seguindo em carreata até a Avenida Paulista.
Em Belo Horizonte, os motoboys se reuniram nesta manhã na Praça da Estação, percorrendo pontos centrais como a Praça Sete, a Rua da Bahia e a Praça da Liberdade. O protesto foi encerrado na Praça da Savassi.
Em Rio Branco, cerca de 5 mil entregadores atuam na capital do Acre. Metade da categoria aderiu à paralisação. Os trabalhadores se reuniram na Praça da Namoradeira para cobrar reajuste na taxa de entrega, o fim das rotas duplas e maior respeito aos motoboys.

O iFood afirmou que respeita o direito à manifestação pacífica. A empresa mencionou reajustes recentes, como o aumento da taxa mínima de R$ 5,31 para R$ 6,50 entre 2022 e 2023, além da introdução de um adicional de R$ 3,00 por entrega extra em 2024.
A companhia também informou que estuda novos ajustes para este ano. “O iFood segue disponível para o diálogo com os entregadores na busca por melhorias para os profissionais e para todo o ecossistema”, disse.
O iFood ainda destacou que oferece benefícios aos entregadores, como seguro pessoal gratuito para acidentes, planos de saúde, programas de educação e apoio jurídico e psicológico em casos de assédio ou discriminação.