Relatório Jolts, PMIs, falas de Haddad e mais destaques desta 3ª

A agenda econômica global promete movimentações importantes nesta terça-feira (1º). No Brasil, será divulgado o Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria de março, às 10h. Nos Estados Unidos, dados sobre a atividade industrial e o mercado de trabalho também devem atrair atenção, com a divulgação do PMI de indústria, do ISM de indústria, e do relatório Jolts, às 11h. O mercado de petróleo será monitorado, com o anúncio dos estoques semanais às 17h30.

Ontem, o Ibovespa registrou uma queda de 1,25%, encerrando o pregão aos 130.259,54 pontos, com uma perda de 1.642,64 pontos. Mesmo com a desvalorização no último dia do mês, o índice acumula alta de 6,08% em março, o melhor desempenho mensal desde agosto de 2022. O dólar, por sua vez, fechou em baixa de 0,97%, cotado a R$5,7069, acumulando uma queda de 7,64% no ano frente ao real.

Nos mercados internacionais, as bolsas de Nova York encerraram o dia com resultados mistos. O Dow Jones subiu 1%, aos 42.001,75 pontos, impulsionado pelas ações do Walmart, Sherwin-Williams e Home Depot. O S&P 500 avançou 0,55%, enquanto o Nasdaq recuou 0,14%. Março foi um mês complicado para os índices americanos, com o S&P 500 e o Nasdaq registrando quedas de 5,75% e 8,21%, respectivamente. A expectativa em torno das tarifas que o presidente Donald Trump deve anunciar nesta quarta-feira (2) ainda gera incerteza nos mercados.

O que vai mexer com o mercado nesta terça

Agenda

O presidente Lula inicia sua agenda às 11h com uma reunião com o Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. Às 11h30, ele se encontra com a Ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Às 15h, recebe o Secretário Especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. Meia hora depois, às 15h30, participa de uma reunião com o Ministro das Cidades, Jader Filho, acompanhado do Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, do Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, e do Presidente da CAIXA, Carlos Vieira. Encerrando a agenda do dia, às 18h, o presidente se reúne com o Ministro dos Transportes, Renan Filho.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, inicia sua agenda com uma reunião às 06h30 (horário de Brasília) com o ministro das Finanças da França, Eric Lombard. Às 08h30, comparece à cerimônia de abertura dos Diálogos Econômicos Brasil-França e, em seguida, às 9h, concede uma coletiva de imprensa ao lado do ministro francês.

O presidente do Banco Central, Gabriel Muricca Galípolo, e outros diretores do BC participam pela manhã da Sessão Solene na Câmara dos Deputados em homenagem aos 60 anos do Banco Central. Em seguida, tem uma reunião com o CEO do Banco Master S.A., Daniel Vorcaro.

À tarde, ele se encontra com os CEOs da XP Inc. e do Banco XP S.A., participa da abertura da Missão de Avaliação de Risco Soberano da S&P Global Ratings e encerra o dia com uma reunião com representantes do Banco BOCOM BBM. Todas as audiências ocorrem no Edifício-Sede do Banco Central e são fechadas à imprensa.

Brasil

10h – PMI de indústria (março)

Estados Unidos

10h45 – PMI de indústria (março)

11h – Gastos com construção (fevereiro)

11h – ISM de indústria (março)

11h – Relatório Jolts (fevereiro)

17h30 – Estoques de petróleo (semanal)

Internacional

Sem exceção

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que as tarifas recíprocas a serem divulgadas esta semana incluirão todos os países, não apenas um grupo limitado. Ele revelou um grande plano tarifário, apelidado de “Dia da Libertação”, que será apresentado na quarta-feira (2). Trump já havia imposto tarifas sobre alumínio, aço e automóveis, além de aumentar taxas sobre produtos da China. “Começaria com todos os países”, afirmou a repórteres. Embora o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, tenha mencionado foco em 10 a 15 países com desequilíbrios tarifários, ele não os especificou.

Crimes de guerra

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu punições à Rússia por mais de 183 mil alegados crimes de guerra desde a invasão em 2022, afirmando que a justiça é essencial para evitar a propagação do “mal”. Seus comentários foram feitos durante uma cúpula em Bucha, onde forças russas foram acusadas de atrocidades.

Economia

Mais barato

A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou uma redução de 4,6% no preço do diesel, passando a R$ 3,55 por litro a partir de 1º de abril, o primeiro corte desde dezembro de 2023. O ajuste ocorre após um aumento de 6% em fevereiro e mais de um ano sem mudanças nos preços. A queda vem após os preços da Petrobras ficarem acima da paridade de importação (PPI) em março, o que incentivou importações. A Petrobras também manterá os preços da gasolina estáveis, mas reduzirá o preço do querosene de aviação (QAV). O repasse para os consumidores finais dependerá de fatores como impostos e margens de lucro.

Imposto de Renda

O bloco do Centrão deve indicar o relator da reformulação da tabela do Imposto de Renda (IR) na Câmara dos Deputados, com o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) sendo o favorito para o cargo. Ele conta com o apoio do Palácio do Planalto e é bem visto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de ter boa interlocução com partidos de oposição. O anúncio do relator será feito após uma conversa entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, com a expectativa de que ocorra ainda nesta semana.

Expectativas desancoradas

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, disse nesta segunda-feira, 31, que as expectativas de inflação estão desancoradas há bastante tempo, o que aumenta o custo desinflacionário, exigindo juros mais elevados por um período mais longo.

Dia da libertação

Guillen também disse na segunda que o debate sobre incerteza no cenário econômico não se resolverá com o chamado “Liberation Day”, na quarta-feira, 2, dia em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promete o anúncio de uma onda histórica de tarifas.

“Essa discussão do Liberation Day, eu não acho que a incerteza se resolve com esse dia. Enfim, a gente vai ficar com mais incerteza porque talvez, no dia seguinte, vai ter alguma discussão sobre tarifas que não foram implementadas, mas que podem vir a ser implementadas; qual vai ser a resposta dos países às tarifas que foram implementadas, algum escalonamento de tarifas, se houver uma resposta”, argumentou.

Política

De olho na popularidade

O governo federal promove nesta quinta-feira, 3, um evento para apresentar as ações dos dois primeiros anos da gestão. A agenda terá a presença do presidente Lula, ministros de Estado, parlamentares, representantes da sociedade civil e outras autoridades.

O mote “O Brasil Dando a Volta Por Cima” foi apresentado neste mês pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, que assumiu o cargo em janeiro com a missão de melhorar a popularidade de Lula.

Na ocasião, o ministro deu orientações para que os ministros incluíssem a frase em seus discursos e apresentem os números positivos do governo em relação à gestão anterior. A ideia é passar a imagem de que o País se recupera dos efeitos do governo Jair Bolsonaro (PL).

Haddad na França

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a resposta à crise do multilateralismo, uma cooperação entre vários países para atingir objetivos comuns, é aprofundar o compromisso com ele. Durante a conferência da universidade Science Po em Paris, ele apontou dois projetos em desenvolvimento no Ministério: o Tropical Forest Forever Facility (TFFF) e um marco regulatório para o financiamento sustentável.

Acordo

O acordo entre o Mercosul e a União Europeia oferece poucas vantagens econômicas para o bloco sul-americano, destacando que seu valor é principalmente político, segundo Haddad. Ele sugeriu que, embora o acordo ainda dependa da ratificação pelos países membros, ele pode representar uma alternativa em um mundo polarizado. O ministro também enfatizou que os europeus deveriam olhar para o acordo não apenas sob a ótica econômica, mas também política.

Pressão

Após viagem ao Japão, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), enfrentará pressão da oposição para votar, em urgência, o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de janeiro de 2023. A pauta ganhou relevância após o STF tornar Jair Bolsonaro réu.

Medidas alternativas

Dados do Supremo Tribunal Federal (STF) mostram que 542 pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 tiveram suas penas convertidas em medidas alternativas, como multas, serviço comunitário e liberdade restrita. Isso foi possível através de acordos de não persecução penal, aplicáveis a casos com penas inferiores a quatro anos, sem envolvimento de crimes graves.

Corporativo

Marisa (AMAR3)

A Marisa teve lucro líquido de R$5,8 milhões nos últimos três meses do ano passado, encerrando uma sequência de 12 trimestres de prejuízos consecutivos, resultado de uma reestruturação profunda na companhia que se intensificou no segundo semestre de 2024.

“Foram seis meses basicamente de trabalho para ajustar a despesa, melhora receita, portfólio, reposicionar o negócio… A Marisa está mais forte hoje, mais rentável”, afirmou o presidente-executivo da rede de varejo de moda, Edson Garcia, que assumiu o posto cerca de um ano atrás.

Vale (VALE3)

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou que a Vale retome o pagamento de auxílio emergencial a atingidos de Brumadinho. A decisão, do juiz Murilo Sílvio de Abreu, da 2ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte, foi publicada no dia 28.

A alegação foi que as vítimas têm “direito à continuidade do Programa de Transferência de Renda (PTR) e/ou à implementação de novo auxílio emergencial até a restauração dos modos de vida prévios ao desastre-crime”.

(Com Reuters e Estadão)

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