Ucrânia terá conversas “aprofundadas” sobre tropas estrangeiras na 6ª, diz Zelensky

A Ucrânia manterá conversas aprofundadas na sexta-feira (4) com um pequeno grupo de países sobre a contribuição de forças para um contingente que atuaria como uma garantia de segurança para a Ucrânia, disse o presidente Volodymyr Zelensky nesta terça-feira (1º).

O líder ucraniano disse em uma coletiva de imprensa com a ministra das Relações Exteriores da Alemanha que estava aguardando respostas “mais concretas” dos aliados de Kiev sobre sua disposição de participar de tal força, uma iniciativa à qual a Rússia se opõe fortemente.

“No que diz respeito à questão de um contingente, teremos uma reunião na sexta-feira. Será uma reunião de nossas equipes militares, vários países, um círculo restrito de países que estarão preparados para enviar um contingente de uma forma ou de outra”, disse ele.

Zelensky disse que o contingente incluiria um componente terrestre, um componente aéreo e uma presença no mar.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que quer acabar com o conflito de três anos na Ucrânia, que começou com a invasão em grande escala da Rússia em 2022.

Na semana passada, o governo norte-americano intermediou uma suspensão entre os dois países em relação aos ataques contra a infraestrutura de energia um do outro.

Os EUA esperavam chegar a um cessar-fogo total seguido de um acordo de paz duradouro. Mas um acordo parece distante, apesar das promessas de Trump de encerrar o conflito rapidamente.

Os aliados europeus de Kiev expressaram sua disposição de contribuir com tropas para uma força que forneceria garantias de segurança à Ucrânia em um cessar-fogo e fortaleceria as Forças Armadas da Ucrânia a longo prazo.

“Esta será a primeira reunião aprofundada, (antes disso) houve consultas. Acho que veremos alguns esclarecimentos e alguns detalhes”, disse Zelensky sobre a reunião de sexta-feira.

Ele acrescentou que não seria apenas o contingente que seria discutido. “É muito importante saber como será o futuro do Exército ucraniano”, disse ele.

Um porta-voz do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse na segunda-feira (31) que os líderes militares britânicos, franceses e ucranianos se reuniriam nos próximos dias para aproveitar o “impulso real” nos esforços para aumentar a segurança da Ucrânia.

O líder ucraniano também usou a coletiva de imprensa para pedir aos Estados Unidos que aumentem as sanções contra a Rússia pelo que ele disse serem violações do cessar-fogo na infraestrutura de energia.

Ele disse que os Estados Unidos haviam dito aos ucranianos, em particular, que tinham visto violações russas do acordo, algo que surgiu de conversas realizadas na Arábia Saudita na semana passada.

A própria Rússia acusou os ucranianos de continuarem a atacar a infraestrutura de energia, algo que Kiev nega.

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