
A secretária do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Brooke Rollins, deve desembarcar no Brasil nos próximos meses com uma missão: renegociar termos do comércio agrícola e pressionar por maior equilíbrio nas relações bilaterais. O movimento faz parte da estratégia do governo Trump para expandir o acesso global dos produtos agropecuários norte-americanos.
A informação foi revelada nesta quarta-feira (2) em reportagem da Folha de S.Paulo, com base em um ofício encaminhado pela embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Ribeiro Viotti, ao Ministério das Relações Exteriores e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

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Segundo o jornal, o documento detalha que Rollins, figura central do agronegócio na gestão de Donald Trump, defende que o atual déficit comercial agrícola dos EUA, estimado em US$ 50 bilhões, é resultado da inação de administrações anteriores. No caso do Brasil, o desequilíbrio apontado por ela chega a US$ 7 bilhões desfavoráveis aos americanos.
“Estamos comprometidos em garantir prosperidade aos nossos produtores. Tudo está sobre a mesa para abrir novos mercados”, afirmou a secretária, em comunicado citado no ofício.
Além do Brasil, a agenda internacional da representante do USDA inclui visitas à Índia, Japão, Peru, Reino Unido e Vietnã, além de missões comerciais em países como México, Taiwan e República Dominicana.
A visita de Rollins acontece em um momento delicado para as relações comerciais entre Brasil e EUA. O governo Trump anuncia nesta quarta um aguardado pacote tarifário que pode incluir medidas contra o Brasil, país visto como bem posicionado para navegar o cenário de guerra comercial.
Segundo reportagem do Wall Street Journal, o Brasil pode estar entre os grandes beneficiados , entre outros fatores, pela sua oferta abundante de alimentos, que pode ajudar a consolidar sua posição como fornecedor estratégico de commodities, como carne.
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