GPA (PCAR3): o que explica a disparada de mais de 20% das ações do Pão de Açúcar?

As ações do GPA (PCAR3) registram uma disparada de cerca de 20% na sessão desta quarta-feira (2), após já terem disparado na segunda. Às 13h45 (horário de Brasília), os ativos PCAR3 saltavam 22,44%, a R$ 3,71, acelerando os ganhos durante a tarde.

O movimento ocorre após o anúncio do varejista de que as propostas para destituir o atual conselho de administração do GPA e eleger novos membros, apresentadas pelo fundo de investimento Saint German, controlado pelo investidor Nelson Tanure, receberam apoio dos acionistas Casino Guichard-Perrachon e Ronaldo Iabrudi dos Santos Pereira.

O GPA, dono da rede de supermercados Pão de Açúcar, disse que recebeu cartas de ambos os acionistas manifestando “seu apoio ao pedido de convocação de assembleia geral extraordinária da companhia e às propostas apresentadas por Saint German Fundo de Investimento Financeiro Multimercado”, conforme fato relevante ao mercado.

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O Casino é controlador indireto de 22,5% das ações emitidas pela companhia, enquanto Ronaldo Iabrudi dos Santos Pereira é detentor de cerca de 5,50% do capital social do GPA, segundo cartas anexadas ao fato relevante.

Em relatório do início da semana, o JPMorgan apontou acreditar que esse movimento poderia levar a uma mudança de controle, considerando que o Grupo Casino já declarou que sua participação na GPA está à venda, enquanto notícias sugerem que Tanure estaria buscando comprá-la.

Analistas também apontam para um short squeeze, que é um movimento no mercado de ações em que o preço de uma ação aumenta rapidamente devido a uma alta demanda por ela. Isso acontece quando investidores que venderam a descoberto (short) precisam comprar as ações para encerrar suas posições.

(com Reuters)

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