Uma nova visão da velhice

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Tem sido um grande avanço considerar a velhice como uma fase natural da vida. Os grupos da terceira idade continuam se expandindo, oferecendo diversões e outras atividades saudáveis. Mas, infelizmente, aina há muitas pessoas que consideram essa fase da vida como decadência, doença e peso social. Romper com essa visão equivocada tem sido a bandeira de instituições e profissionais da área da saúde, da Psicologia, entre outras.

Na esfera politica, os governos precisam criar uma infraestrutura adequada para atender a terceira idade que está aumentando e atendê-la com dignidade. De acordo com o Censo 2022 (IBGE), o número de pessoas com 65 anos ou mais cresceu 57,4% em 12 anos. Já a população idosa com 60 anos ou mais chegou a 32,1 milhões de pessoas, 15,8% da população do país. O aumento é de 56% em relação a 2010, quando era de 20,5 milhões (10,8%). O Estatuto da Pessoa Idosa foi um grande avanço, mas é necessário que seja cumprido e aperfeiçoado.

Velhice bem-sucedida significa bem-estar físico, social, emocional e espiritual. Trata-se de um equilíbrio entre limitações e potencialidades. Esse equilíbrio permitirá ao idoso viver com alegria e intensidade.

As alterações físicas produzem mudanças na imagem corporal e na autoestima. Os idosos que conseguem superar essa crise criam uma nova identidade corporal sentindo-se seguros. Esse processo psicológico proporciona uma evolução afetivo-emocional, criando um novo estilo de vida aberto a novas experiências, interesses específicos, relacionamentos qualitativos e mais disposição para participar de atividades socioculturais com sua experiência e sabedoria.

Os familiares devem dar apoio e incentivo, encorajando-os a fazer coisas que julgam incapazes. A família deve ser carinhosa, paciente, fazendo-lhes companhia, conversando, ouvindo-os com atenção, valorizando-os e incentivando-os a participar das conversas em família, dos aniversários, das atividades domésticas possíveis e jamais trata-los como se fossem crianças. Mesmo quando estão doentes e/ou apresentarem falhas de memória, eles percebem quando são ignorados. Como consequência, entram em depressão, o que é desastroso no envelhecimento.

Segundo o Gerontólogo Marcelo Salgado, “mais importante do que acrescentar anos à vida é proporcionar vida aos anos”.

 

 

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