
O setor agrícola americano tem criticado o “tarifaço” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pedido para a Casa Branca negociar acordos com os mais afetados, como a China. Para representantes do agronegócio, a guerra comercial entre os países vai beneficiar o Brasil.
Segundo a coluna de Jamil Chade no UOL, membros do setor já comunicaram o governo americano sobre o risco e apontaram que agricultores podem ser afetados pelo fechamento de mercados externos e o encarecimento da importação de insumos como fertilizantes.
As principais entidades do agronegócio avaliam que as tarifas impostas à China favorecem o Brasil no mercado internacional de soja e milho. A decisão do país asiático de taxar todos os produtos americanos aumenta a preocupação dos empresários do setor.
A bolsa de Chicago já mostra o impacto do “tarifaço”, com os contratos futuros da soja americana em queda, nesta quinta (30). Cerca de 40% da produção americana é destinada ao mercado externo e existe a preocupação de que eventuais retaliações beneficiem as exportações brasileiras.

Nos dois primeiros meses de 2025, as exportações de soja dos Estados Unidos para a China aumentaram 84,1% na comparação com o ano anterior. O país asiático é o maior comprador mundial do grão e importou cerca de 9,13 milhões de toneladas entre janeiro e fevereiro.
A Casa Branca tem estudado dar um maior subsídio ao agronegócio para compensar as perdas. A Secretária de Agricultura, Brooke Rollins, esteve com o presidente do Comitê de Agricultura do Senado, John Boozman, e o senador John Hoeven para discutir o tema.
Congressistas americanos temem perder o apoio do setor caso fazendeiros sejam afetados pelas retaliações chinesas. Por isso, a American Farm Bureau Federation (federação agrícola americana) sugere que o governo Trump converse com a China para “buscar estratégias que ampliem as oportunidades de mercado para os homens e mulheres que cultivam os alimentos dos quais todas as famílias americanas dependem”.
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